IoT e Makers

14 fev, 2019

Agora, Google quer Android Things apenas em “certas coisas”

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A Google anunciou que vai mudar o foco do seu sistema operacional para a Internet das Coisas, o Android Things OS. Agora, o objetivo é trabalhar apenas com telas e alto-falantes inteligentes. A mudança tem caráter imediato, a partir de agora, apenas fabricantes de dispositivos destas duas categorias poderão licenciar a plataforma para o uso em seus produtos.

A mudança não foi justificada, mas o passado recente do sistema operacional dá alguns indícios desta decisão. Anunciado em 2016, os primeiros produtos com a plataforma só foram lançados no ano passado. Sua linha é constituída, justamente, de uma seleção limitada de alto-falantes e displays inteligentes feitos pelas mãos de nomes como LG, Lenovo e JBL.

Enquanto isso, a ideia da gigante de usar uma plataforma semelhante a que os desenvolvedores já estavam acostumados nos celulares parecia cair por terra. O objetivo original era criar uma divisão nos trabalhos: a própria Google cuidaria da manutenção da plataforma de Internet das Coisas enquanto os fabricantes poderiam focar especificamente em seus produtos e funcionalidades, sem gastarem tempo de olho na infraestrutura ou distribuição. Mas não foi o que aconteceu. A própria empresa pareceu preferir usar a Google Assistente e outros caminhos, como o Home Hub, tela inteligente que usa a arquitetura do Chromecast para se conectar a outros dispositivos.

Com a decisão a cerca do Android Things, a Google também deixa de dar suporte oficial ao desenvolvimento de componentes. Os System on Modules fabricados com componentes da MediaTek e Qualcomm deixarão de estar disponíveis para os fabricantes, enquanto o desenvolvimento em cima do Raspberry Pi 3B e do NXP i.MX7D deve continuar a partir de SDKs que permanecerão disponíveis ao público para download. Até 100 dispositivos podem ser atendidos sem que seja preciso adquirir uma licença comercial.

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Com informações de Android Developers e Canaltech