Aparentemente, veicular na internet é muito barato.
Comparando as diferentes possibilidades que temos na internet com as das mídias tradicionais, como por exemplo a TV, a internet, com uma verba bem menor, salta aos olhos dos anunciantes. Essa
comparação parece ainda mais evidente se analisarmos outros veículos, como:
outdoor, anúncio em jornal, entre outros.
Mas será que isso é realmente verdade? Em parte sim e em
parte não.
Não vou entrar no mérito da mensuração dos resultados, ROI,
nada disso. Essa questão daria uma discussão à parte e muitos me
perguntariam como saber o retorno gerado pela TV, pelo outdoor, pelo jornal, em
um mix de comunicação. Na internet isso
é mais palpável.
Sendo assim, essa sensação de que tudo é possível mensurar
na internet pode ser perigosa. A mensuração de resultados deve ser analisada
caso a caso. Um determinado dado que é importante para um, pode não ser
para outro, e acabar mascarando o verdadeiro resultado da campanha. Mas
voltemos ao assunto inicial.
Será que é tão barato assim anunciar na Internet?
Para iniciar meu raciocínio, tomo por base uma premissa
muitas vezes ignorada por anunciantes e agências: offline e online são meios
diferentes e, portanto, devem ser tratados de forma diferente.
O publicitário Walter Longo recentemente postou no seu
Twitter:
“Migrar do mundo analógico para o digital não exige aprender algo e sim esquecer tudo. É preciso começar de novo, sem paradigmas…”
Todas as agências, anunciantes e veículos de comunicação
deviam pensar diariamente nessa frase. A grande maioria dos vídeos criados para
a TV não funcionam na internet e muito menos no mobile marketing. Isso também
acontece com outros tipo de anúncios, spots, jingles, e a grande maioria das peças.
É aí que
entra uma armadilha quase sempre ignorada: o cliente não quer pagar a produção
de um material exclusivo para internet. Por
quê? Custo. Ele prefere fazer uma adaptação do material. O digital não
recebe uma produção pensada pra ele.
Aí podemos pensar que o cliente está errado. Mas, na verdade, se nos colocarmos no lugar dele, talvez fizéssemos a
mesma coisa. E isso tem uma explicação. Produzir para internet é muito caro.
E vejo que o grande fator dificultador é a falta de padrão.
Cada portal tem seus formatos e os clientes devem adaptar-se a eles. Não há uma
padronização, algo que dê segurança ao anunciante.
Os padrões de outros meios parecem travados, como os 30″ da TV. os 15″ de um spot ou os 9m x 3m do
outdoor, mas na verdade isso possibilita ao anunciante saber que a criação da agência
será veiculada em qualquer emissora do Brasil, sem que seja necessário nenhuma
adaptação no material, e consequentemente, sem custos extras. Já na internet
isso não acontece.
O mesmo Super Banner de 728 x 90px tem diversas adaptações
para portais diferentes. Sem dúvidas que a agência cobrará para fazer cada formato diferente, o que torna a produção do material muito cara,
fazendo com que o cliente opte por adaptações de materiais usados em outros
meios.
Não estou defendendo os formatos dos outros meios. Penso até
que, muitas vezes, eles deveriam apresentar maior flexibilidade publicitária. Sou
totalmente a favor da liberdade de criação para a internet e vejo
isso como o maior atrativo de anunciar na grande rede. Porém, padrões devem ser criados, para possibilitar
a entrada de clientes na internet e o aumento dos investimentos. Se analisarmos
o crescimento de navegação na internet com o crescimento dos investimentos
nesse segmento, veremos que há um longo caminho a percorrer.
Quem deve criar esses padrões? Muitas normas são
certificadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), mas não vejo que essa é a melhor opção. Penso que, assim como
deveria haver uma legislação específica para internet, também deveria existir
um órgão regulador dessas normas. Veículos, Anunciantes e Agências deveriam
debater os melhores formatos e criar esses padrões, de forma a atender
profissionalizar o mercado e atender os objetivos de todos.
Fica
a dica!
E
você, acha que é barato ou caro anunciar na internet?
Se tiver dúvidas, sugestões ou críticas fique à vontade
para comentar ou entrar em contato. Até a próxima.