Marketing Digital

24 jun, 2010

Engajamento: a influência do poder das marcas em campanhas on-line

Publicidade

2010 é um ano histórico para a publicidade mundial. Dados recentes
mostram que a internet banda larga móvel já supera a banda larga fixa.
Isso quer dizer que as pessoas estão conectadas quase que o tempo todo.
Essa conexão se dá entre pessoas, marcas, produtos, entre outros em
qualquer hora, em qualquer lugar.

Com isso, as marcas se vêem
obrigadas a estar mais próximas do consumidor. Do consumidor? Não. Das
pessoas. As marcas estão enxergando que devem tratar consumidores como
pessoas ou nada feito. Essas pessoas se tornaram micro-segmentos,
divididas por interesses, formando comunidades em torno de algo comum. É
aí que as marcas estão tentando usar seu poder para influenciar as
pessoas e fazer com que elas se engajem por eles. Engajamento agora é
palavra de ordem.

De acordo com o dicionário, o verbo engajar
significa pôr-se ao serviço de uma ideia, de uma causa ou de uma coisa.
No nosso caso, de marcas.
Quando falo de marca, não falo somente de
sinal, letras ou emblema aposto para determinar a propriedade de alguma
coisa, mas também de pessoas, que representam ideais e podem ser
relacionadas a marcas. Como podemos dizer que pessoas como Xuxa, Pelé,
Silvio Santos não são marcas? Existem até mesmo marcas póstumas, como
Ayrton Senna, Michael Jackson, The Beatles etc.

Marcas e
produtos/serviços deixaram de se preocupar apenas em vender e agora
almejam o relacionamento com os consumidores, quase que de forma
pessoal. E, em contrapartida, os consumidores se sentem mais próximos
das marcas. As mídias sociais vêm dando poder ao consumidor, que se sente
parte da marca e acabam influenciando outros consumidores. É a marca
criando relacionamento ao invés de “invadir”.

Recentes campanhas
publicitárias têm tido massivo engajamento nas redes sociais. Alguns
exemplos podem ser citados, como “#amaiorliquidacaodaweb” realizada
pelo Wallmart, onde aconteceu engajamento de duas partes – os que
criticavam e os que apoiavam – e a campanha “Senna vive”, criada pelo
Instituto Ayrton Senna, onde empresas parceiras doavam R$2,00 ao
instituto por cada mensagem enviada com a hashtag #sennavive. Veja o
vídeo:

Diversos famosos apoiaram a campanha no Twitter, como @marcelotas, @rubarrichello, @brunodeluca, entre outros.
Houve uma massiva participação, e o instituto atingiu rapidamente seus
objetivos. O poder de marca Ayrton Senna foi fundamental para o
sucesso. A influência foi evidente.

Os exemplos acima são bases para campanhas publicitárias, porém, não posso deixar de destacar o
engajamento para o “CALA A BOCA GALVÃO”, criado para criticar o locutor
global, que ganhou o mundo e figurou no primeiro lugar no Trending
Topics mundial.

As marcas devem se aproveitar de seu Brand Equity
para gerar engajamento positivo. Marcas como a Apple fazem isso com
maestria.

Contudo, as marcas devem ter uma preocupação extra com
tanto engajamento. Todo cuidado é pouco. Da mesma forma que traz
benefícios, pode trazer inúmeros prejuízos à sua imagem. As
pessoas podem ser unir pelo bem de uma causa como também podem se unir
contra essa causa. As marcas devem monitorar o consumidor e fazer com
que se engajem positivamente.

O “Cala a boca Galvão” é
um exemplo disso. O narrador acompanhou o fato e, ao invés de ficar
zangado, soube se sair muito bem, comentando em rede nacional sobre a
campanha e rindo do acontecido.

Você deve estar questionando: “Isso
funciona para as grandes marcas. E para a minha marca, que é pequena?”

Use
isso a seu favor. Se sua marca ainda não se relaciona com seus
consumidores (pessoas), faça isso. Enxergue-os como parte de sua marca.
As marcas menores têm a vantagem de parecerem mais próximas. É mais
fácil ouvir um grupo menor de consumidores. Os esforços das grandes são
muito maiores para quebrar isso.

Faça seu cliente falar com você,
criticar a sua marca. Assim, você o entenderá. Reveja, se necessário,
mude seus processos, faça com que ele sinta que sua marca se preocupa
com ele.

Enfim, faça-o se engajar pela sua marca.

Se tiver
dúvidas, sugestões ou críticas, fique à vontade para enviar
para meu e-mail ou deixar nos comentários!

Abraços e até a próxima.