Sei que pode soar pesado o que vou dizer, mas é uma realidade que vemos e não podemos negar. Muitas marcas tratam mídia social como uma grande festa. Imagine aquele festão, muitos convidados, gente falando, se inteirando, aquele momento. A conversa está fluindo e é o lugar onde todos querem estar. Eventualmente, você percebe que sua marca não está presente lá, e alguém (geralmente alguém com um grande título na empresa) decide que ela, coitada da marca, deve entrar. Tem que entrar.
Então ela (sua marca, pobrezinha) coloca sua melhor roupa, aparece na porta e RUIDOSAMENTE anuncia a chegada. O único problema é que a festa já começou, as pessoas já têm as suas bebidas e ninguém estava esperando ela chegar e escolher a melhor mesa, o melhor lugar. Ela chegou, sentou e, para “tirar onda”, ainda deu um tapa nas costas no dono da festa sem nunca o ter conhecido.
É o que acontece hoje quando muitas empresas decidem pisar em terras sociais. O fato da existência de diversos canais de comunicação inspira (o que acho positivo) a entrada de diversas marcas no ambiente. Seja o profissional de marketing que acabou de criar o Twitter do grupo, seja o diretor que viu o blog da Petrobrás e quer fazer a mesma experiência na empresa, todos querem “correr atrás do prejuízo” ou mostrar um certo grau de influência no ambiente on line. Por um lado, isso é ótimo, impulsiona essa “roda” a girar mais rápido, mas por outro lado incha o ambiente de projetos sem relevância alguma, que ao invés de gerar Buzz, anulam as possibilidades de uma possível experiência com ela, coitada, a marca.
O convite desta festa foi dado a todos indistintamente. Não é privilégio de alguns ter presença digital, é uma obrigação de qualquer um que deseja continuar vivo no mundo corporativo. Mas sempre é interessante, antes de colocar sua melhor roupa e entrar nessa grande confraternização, saber quem foi que te convidou e, claro, quem é o dono da festa.
Se quem lhe entregou esse convite foi o espírito estratégico, e não a curiosidade, com certeza é um passo para sua aceitação. Porém, o último degrau a se galgar e o mais importante, é saber quem é o dono da festa.
Se não sabe, deixe eu te apresentar. Prazer amigo, este é o Público, vocês se conhecem?