Carreira Dev

21 dez, 2009

O comunicador corporativo e a internet

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A comunicação vive um momento
muito peculiar. Antes, a mídia tradicional possibilitava uma continuidade em
seu processo natural de evolução. Os fins eram sempre os mesmos, o mesmo
receptor e o mesmo emissor em cena, o controle da informação 100% sob as mãos
das empresas. A internet, como novo tipo de mídia, estabeleceu um processo de ruptura
com este antigo modelo.

No centro desta mudança radical está o profissional de
comunicação corporativa que, herdando muitas vezes os resquícios da comunicação
tradicional, encara um verdadeiro tornado quando assume o desafio de responder
por tudo o que uma empresa consegue ecoar nos ambientes de comunicação,
inclusive o digital. Não são poucos os que fracassam na tentativa de
estabelecer uma estratégia de conteúdo eficaz.

Vivenciando este embate diário e
colhendo experiências em meu dia-a-dia, retive 7 conceitos que me ajudam a
equilibrar o “peso” da estratégia corporativa à prática de uma comunicação de
resultados no meio digital. Gostaria de compartilhar com todos vocês:

1. Conheça a fundo as rupturas da comunicação

Entender o processo de ruptura
que vivemos, quais as mudanças que estamos passíveis é o ponto essencial para
se desenvolver uma comunicação de resultados. É muito mais do que migrar da
máquina de escrever para o computador.

2. Não somos mais gerentes de conteúdo

Se antes a preocupação das
empresas estava centrada na criação e gestão do conteúdo, hoje todas precisam
gerenciar também as pessoas que produzem este conteúdo. A responsabilidade do
profissional de comunicação deve ser estimular a produção deste material por
parte do consumidor, a credibilidade de sua informação depende 100% disto.
Lembre-se, é impossível, hoje, controlarmos a informação; ela está nas mãos de
quem os CEOs nunca imaginaram antes que poderiam estar.

3. O comunicador deve resgatar o diálogo

Apesar de habitarmos em um planeta a
cada dia mais conectado, vivemos em uma terra que pouco se comunica. Estimular
também a interação entre os colaboradores é parte essencial de seu projeto.

4. Você é a mudança

Do que adianta incentivar o
modelo digital, a inserção em mídias sociais, por exemplo, e não fazer parte
disto? O profissional de comunicação precisa, sobretudo, ser um prático nesta
inovação, precisa provar esta mudança antes de qualquer outra pessoa.

5. Incentive a criação de projetos pilotos

O “novo” é, sempre, motivo de
preocupação para o modelo capitalista atual. Idéias ganham força quando
fazem pessoas se engajar de maneira natural e viram cases de sucesso antes mesmo de
serem aprovadas oficialmente. Estimule as pessoas a participarem de suas
idéias, a contribuírem e serem com você, parte importante do projeto. Lembra de
cases de uso antecipado de produtos e beta testes de softwares on-line?

6. Redes de colaboradores valem mais do que seu texto

A principal qualidade do novo
comunicador é saber criar uma rede de colaboração capaz de fomentar um material
interessante a tal ponto de ser veiculado externamente.

7. Tenha consciência do seu real papel

Muito se discute sobre o efeito
negativo na comunicação da inserção da sociedade como atuante neste processo
informativo. O fato de a internet  “fazer nascer”, em cada um, o DNA de um
jornalista, é, para muitos, um ponto negativo: a banalização da profissão do
comunicador. Na verdade, aí está a evolução dessa cadeira profissional. O
comunicador precisa ter a consciência de que sua função evoluiu de um simples e
repetitivo trabalhador braçal, para um importante administrador de redes de
comunicação. Dar relevância a essas redes de massa é o novo desafio.

Espero que tenham gostado, até a próxima!