Marketing Digital

25 nov, 2010

A próxima cartada do pássaro azul

Publicidade

Depois
de meses de portas nem tão fechadas assim, o Twitter finalmente mostra ao mundo
a sua nova ação de marketing digital:
os links patrocinados. Mas daí você pode pensar: “Meu Deus, mas o link
patrocinado já existe em outros tipos de mídias sociais e em grandes
buscadores, como o Google. O que há de tão novo assim?”.

 


o cuidadoso planejamento que a empresa dedicou a esse projeto que pode sim ser
considerado como audacioso. Há uma faca de dois gumes nessa próxima investida
do Twitter.

 

O
carro-chefe da empresa é a quebra de privacidade pessoal, com artistas,
autoridades e políticos estreitando o laço com as chamadas “pessoas comuns”. As
mensagens curtas e o “barato” em saber o que um amigo está fazendo, por
exemplo, mantiveram, até o momento, a mídia social como grande percussora do
setor.

 

O
risco, ou melhor, o grande cuidado que a empresa passa a tomar, segundo
especialistas, é de que forma as propagandas serão adicionadas na home de cada
usuário.

 

Em
abril deste ano, a empresa já revelava seu projeto de passar a ter lucro em
potencial. O programa, conhecido à época como “Tuítes Promocionais” atingiria
até 10% dos usuários, em uma tentativa clara de por em testes o que está por
vir nos próximos dias.

 

Alguns
usuários, que já têm acesso ao novo layout do Twitter, podem se familiarizar
com o novo recurso publicitário, através dos “Trending Topics patrocinados”,
que são publicados com o aviso de “Promoted”.

 

O
primeiro “tiro” foi dado em junho de 2010, quando a empresa lançou a muito bem
sucedida campanha da estreia do filme Toy Story 3. Para ter acesso ao serviço,
a Disney/Pixar pagou para utilizar a propaganda como Promoted Tweets, como
também em resultados de busca.

 

O
tema, porém, foi bastante receptivo aos olhos dos usuários e aí está o
principal ponto questionado a empresa. Como serão vistas outros tipos de
propaganda paga em uma página que antes tinha o total domínio de seus usuários.
Causará um desconforto ou será uma comodidade a mais para que o internauta
encontre serviços próximos a seu perfil na página de seu Twitter?

 

Eu
ainda aposto na segunda forma de pensar. Acredito que as empresas e SEOs terão
a responsabilidade de manter esse grau de afinidade entre o vendedor e o
consumidor. O risco para as empresas, porém, é o mesmo que ocorre nos links
patrocinados do Google. Uma campanha feita por um profissional que não é
especializado, pode morrer no bico do passarinho.

 

Por
enquanto, o Twitter disponibilizará os espaços publicitários em sua própria
timeline. Mas a expansão para outros pontos da página já deve estar prontamente
programada.

 

A
empresa, que tem um Facebook em plena expansão como concorrente, deu nome a
toda essa investida de “fortalecimento de mercado” e dá mostras de que muitas
mudanças ainda estão por vir. Para isso, também anunciou várias medidas
padrões, com política de uso mais rígida com relação ao nome da marca. Poucas
coisas… algumas até irritantes, mas que certamente serão acatadas pelos seus
milhões de seguidores.