E-commerce

6 dez, 2010

Temos que peneirar o coletivo para não haver prejuízo

Publicidade

Um grande perigo ameaça a credibilidade e desempenho do marketing digital por todo o país. A
invasão, ou epidemia que toma conta da rede mundial de comunicação é ocasionada
pela avalanche dos sites conhecidos como de ?Compra Coletiva?.

O Brasil é um dos países onde essa modalidade de venda
online passou a ser febre e altamente aceita pelos consumidores. A maior prova
disso é de que, em apenas 11 meses, foram abertos 246 sites de compras
coletivas. Isso equivale a 22,36 novos sites do gênero, por mês. 

A fama desse novo tipo de marketing e venda ganha,
principalmente, as cidades de médio porte, com mais de 200 mil habitantes.
Segundo o site especializado Bolsa Ofertas, em outubro, existiam 51 sites deste
tipo. Em novembro já havia registrado mais de 110 sites de compras coletivas no
país. 

Porém, a promessa de adesão, altas vendas e sucesso em
campanhas comerciais via internet já começam a esbarrar no principal obstáculo
que, inclusive, já tratei em outra coluna minha: o atendimento.

A briga ferrenha entre mais de 200 sites registrados em
tão pouco tempo, faz com que a qualidade oferecida ao consumidor seja medida
?pelo pé?. Não é por acaso que os números de reclamações com relação às vendas
expostas nos sites já ultrapassam a barreira dos 6 mil consumidores. 

A pressa e a ânsia pelas centenas de milhares de clientes,
estão fazendo sites de grande porte naufragarem em erros banais e que, de um
modo simples, poderiam ser contornados. 

Para ser o diferencial entre tantos concorrentes é
necessária uma campanha de marketing digital pesada e, principalmente,
estruturada para que agüente a quantia de participações, adesões e grupos de
compradores. 

Um desses erros básicos que cito é a dificuldade em que os
consumidores têm encontrado na maioria dos sites em encontrar a razão social, o
endereço ou CNPJ nestes sites. 

Outro grande problema é ligado a imprecisão da oferta dos
produtos, que prometem descontos de R$ 800, mas em quantidades de prestação de
serviço que ultrapassarão a necessidade normal de qualquer pessoa. 

Quem conseguiu se esquivar dos defeitos ou, ao menos,
evita-los ao máximo, está colhendo melhores e pomposos frutos. É o caso do
Groupon. Nesta semana, surgiu a informação de que o Google teria comprado o
site pela bagatela de R$ 5 bilhões. Antes, a mesma empresa já teria recusado
uma proposta de R$ 3,4 bilhões do Yahoo!. 

Sorte? Não, uma campanha sólida de marketing digital
que rende hoje à empresa, mais de R$ 100 milhões de receitas mensais, 20
milhões de assinantes e pontos em 29 países da Europa, América do Norte,
América Latina e Ásia.