O papel dos CIOS,
bem como as tecnologias com as quais esses profissionais têm de lidar,
está mudando. No entanto, questões como o alinhamento da TI com o
negócio, a conquista de credibilidade por parte do board e a abordagem
que devem ter dos projetos propostos ainda representam grandes preocupações para muitos desses executivos.
Para tentar esclarecer essas questões, junto com alguns companheiros da área de TI, criei uma lista com as respostas às perguntas mais
frequentes feitas por gestores de TI a colegas de profissão, analistas de mercado e consultores.
Ainda há mudanças por vir no que diz respeito ao papel dos CIOs nas corporações?
Todas
as alterações observadas nos últimos anos não foram suficientes para
que os CIOs pudessem adaptar-se aos desafios que passarão a enfrentar
nos próximos cinco anos. Nesse período, tecnologias como cloud
computing (computação em nuvem), novos padrões de mobilidade e de telecomunicações devem gerar uma reviravolta na forma de gerenciar a TI.
Quando o assunto é cloud computing, por exemplo, os líderes podem
pensar, hoje, que o modelo não será amplamente adotado pelas
organizações por ser menos seguro, rápido e confiável do que as
ferramentas de armazenamento físico de dados e aplicações.
A computação em nuvem, contudo, é uma tendência irreversível. E, por isso, o CIO deve aprender como gerenciar
os ativos empresariais à distância, em um padrão de acesso “sob
demanda”, já que nada mais estará fisicamente na empresa, mas hospedado
na internet.
Dessa forma, o papel do gestor de TI será muito mais voltado a
entender as necessidades dos usuários e fazer com que seja seguro
supri-las por meio de dados, sistemas e aplicações hospedados na web.
Não se pode simplesmente ignorar esses novos modelos?
Na
realidade, não. Isso porque a tendência é de que todas as aplicações
sejam baseadas na web, assim como os e-mails que hoje são mais
acessados de dispositivos móveis do que de uma máquina física instalada
nas companhias.
Essa é apenas a primeira manifestação dos usuários escolhendo uma
plataforma de atuação em detrimento de outras, com o objetivo de
facilitar o dia a dia e suprir as necessidades de cada um em relação à
transação de informações.
O discurso do alinhamento da TI ao negócio ainda é válido?
Infelizmente,
as empresas e departamentos de tecnologia ainda não alcançaram a
maturidade nesse sentido e, por isso, será preciso continuar discutindo
o assunto. No entanto, esse é um problema de todas as áreas
corporativas, não apenas da TI.
Os gestores departamentais devem seguir a mesma linha de atuação das
empresas na ocasião do desenvolvimento de um produto: identificar a
necessidade de determinado nicho de mercado e, então, criar o
lançamento, já que é praticamente impossível que uma única mercadoria
supra as demandas de todos os consumidores.
Os CIOs devem assumir que não conseguem atender todos os seus
públicos usuários, comando da organização e cliente final e, por
isso, precisam focar os projetos especificamente em cada um desses
segmentos.
Todo CEO deseja trazer dinheiro à companhia na qual atua.
Esse profissional quer ser inteligente, respeitado e até descolado
como Steve Jobs, por exemplo. O que os CIOs querem ser?
Por
mais que pareça sentimental demais, a realidade é que os CIOs querem
fazer seu público-alvo feliz. Esses profissionais desejam que os
usuários possam atuar de formas eficientes, que os membros do board
enxerguem a TI como diferencial competitivo e que os clientes finais
reconheçam a empresa como um pólo de alta tecnologia e inovação.
Em resumo podemos dizer que conforme a tecnologia avança, novas dúvidas irão surgindo… porém, novas soluções também virão com o tempo.