Desenvolvimento

9 mai, 2018

OpenShift: a aposta da Red Hat para o mercado

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Nesta 14ª edição do Red Hat Summit, tivemos a oportunidade de conversar com Gilson Magalhães, country manager da empresa no Brasil. Gilson, que ocupa a função há quase cinco anos, falou um pouco dos planos da empresa para o mercado brasileiro, sobre os lançamentos para 2018 e, claro, um pouco da caminhada da Red Hat nesses anos de mercado.

iMasters: Conta um pouco para a gente da trajetória da Red Hat no mercado.

Gilson Magalhães: Em 2006 tivemos uma revolução incrível no mundo da tecnologia. Foi como se jogasse uma pedrinha no oceano e essa pedrinha tivesse causado um tissunami de proporções colossais. O smartphone surgiu e sua massificação explodiu a escala de demanda por recursos computacionais. Pulou de milhões para bilhões. Empresas como Google, Yahoo e Facebook, por exemplo, viram sua demanda crescer de forma exponencial. E ele permitiu novos recursos, como internet banking, gps, uber…

Até, então, o que se usava era o modelo de licenciamento de uso, que em geral, rendia cerca de 30% de lucro para as empresas que exploravam esse modelo de negócio (Oracle, Microsoft etc). Com o aumento exponencial dessa demanda, ficou impraticável para as empresas pagarem tantas licenças. Foi aí que a Red Hat surgiu, trazendo o modelo de subscrição, oferecendo um serviço seguro e de qualidade (tanto quanto quem oferecia licença), mas com um preço mais acessível. O que a gente faz é basicamente ser a ponte entre o código open source, disponível na comunidade, e as empresas, que precisam de soluções sem, necessariamente, ter alguém interno que cuide delas.

A empresa vem crescendo a 64 trimestres seguidos e não é a toa. A gente acredita no modelo de colaboração porque ele fortalece as comunidades e o mercado. Todo mundo ganha. Hoje, no Brasil, o crescimento da Red Hat é maior do que o nosso crescimento mundial. Temos baseados aqui cerca de 50 desenvolvedores (depois da Índia, é nosso maior mercado de mão de obra).

 

iMasters: Gilson, hoje vimos pela manhã uma série de lançamentos do da Red Hat e, por certo, a pergunta que não quer calar para nós do Brasil é: como vocês pretendem trabalhar essas novidades no mercado nacional?

Gilson Magalhães: O Brasil vai receber todo nosso portfólio. Nossa ideia é levar tudo o que temos com a intenção de modernizar o mercado, como nuvem, agile e certificações, e oferecer ao mercado brasileiro. Isso porque sentimos que ele está amadurecendo e é hora de se firmar, de se posicionar e pensar no futuro (que é open source, independente de qual empresa estejamos falando).

Mas, definitivamente, o que queremos reforçar no mercado brasileiro é o OpenShift. Vamos pregar a palavra do container sempre para toda empresa, para todo desenvolvedor. Essa é a unidade de processamento do futuro e ela acaba com o limite computacional.

Outra vantagem do container é que ela alivia o desenvolvimento dentro da empresa. Você pode definir o que quer do seu container e fazê-lo através de freelancer, por exemplo. E a grande vantagem é que, ficou velho? Descarta! Você vai versionando e ganhando agilidade na empresa.

 

iMasters: Como o aumento do número de soluções utilizando containers estão influenciando o uso do Ansible?

Gilson Magalhães: O Ansible é uma ferramenta de automação para funções de TI. Ela tem milhares de scripts prontos para serem usados para criar um container. Assim, você consegue fazer seu deployment. Ao automatizar o processo, você acelera; produz mais. E deixa, automaticamente, o processo mais intuitivo. Logo, se você quer criar containers, com o Ansible é mais fácil.

O Ansible o OpensShift andam juntos e, acredito, vão se crescer páreo a páreo no mercado brasileiro.

 

iMasters: Como está a adoção do OpenShift como PaaS nos últimos anos e o que você acredita que motivou esse fenômeno?

Gilson Magalhães: O OpenShift teve um crescimento de mais de 400% só no Brasil. Não podemos reclamar! Agora, o que motivou isso? Bem, acredito que seja o fato dele ser completo. Ele automatiza o processo de ponta a ponta e facilita a vida do desenvolvedor.

Se comparado aos concorrentes, é leve, padronizado de acordo com o mercado e agnóstico com relação a nuvem pública usada. Mais do que vender, estamos evangelizando para mudar o mindset do mercado. Mas tem coisa que não precisa de muito e fala por si só.