Cloud Computing

23 mai, 2019

Kubernetes faz cinco anos em junho. Confira fatos curiosos e funcionalidades

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O Kubernetes é um sistema open source do Google Cloud. Ele virou padrão na indústria e, desde 2014, está no centro do desenvolvimento de aplicações. O sistema para gerenciamento de contêineres (ou workloads) faz parte do portfólio do Google Cloud.

Ele fará 5 anos no mês de junho e tem sido usado cada vez mais. O motivo está, principalmente, a partir do crescimento da demanda por contêineres nas empresas e da ascensão do uso da tecnologia em nuvem.

O Kubernetes tem o objetivo de facilitar a implantação de aplicativos de forma rápida. Ele permite a redução de complexidades e de trabalhos manuais com acesso em qualquer lugar. O acesso é facilitado graças ao armazenamento de dados e aplicações na nuvem. A assessoria de imprensa do Google divulgou algumas curiosidades que envolvem a tecnologia.

Fatos curiosos 1

  • Foi criada a partir de uma tecnologia interna do Google.
    Assim como os projetos em cloud do Google, com grandes empresas, retornam à casa para aprimorar suas próprias tecnologias, as soluções também podem ser feitas de dentro para fora. Criado em 2003, o Borg foi antecessor do Kubernetes. Ele serviu como base para o seu desenvolvimento. Sua principal função era a de superar o desafio de fornecer e gerenciar serviços e aplicativos. Tudo isso com abrangência de centenas de milhões de  contêineres de forma rápida. Era possível disponibilizá-los para o uso em ambientes de produção.
  • Lançamento do Google Kubernetes Engine (GKE).
    Em novembro de 2014, o Google lançou o ambiente gerenciado de implantação de aplicativos em contêineres. Esse ambiente os tornava prontos para produção. A solução teve o seu papel na finalização do ciclo de inovação em tecnologia de contêineres. Ela é, atualmente, o padrão da indústria por conta de seus benefícios na produção de diversas grandes empresas.
  • Tudo no Google é hospedado em contêineres.
    O Google anunciou, ainda em 2014, que todos os seus serviços, tais como Busca, Gmail, Google Docs, YouTube etc, são executados na tecnologia de contêineres. A empresa gera, ainda, mais de 4 bilhões de implantações de contêineres por semana. Tudo por meio do Borg, utilizado apenas internamente.
  • Logo e nome de referências marítimas.
    O logo faz referência a um navio cargueiro, que utiliza contêineres no armazenamento de mercadorias. Além disso, faz menção ao seu próprio nome quando ele ainda era um projeto em desenvolvimento. “Project Seven of Nine” (ou Projeto Sete de Nove, em português). Esse nome está representado nas sete guias presentes no desenho. Além disso, Kubernetes vem do termo grego “Kuvernetes”, que significa “timoneiro”, a pessoa responsável por conduzir o navio.
  • Inspiração também está em Star Trek.
    “Project Seven of Nine” faz uma homenagem à personagem “Sete de Nove” da série de ficção científica “Star Trek: Voyager”. E o Borg – nome do projeto que serviu como base do Kubernetes – também faz parte do universo da série. Lá, ele é conhecido como uma espécie de organismo cibernético.

Funcionalidades

  • Ambientação controlada e compartilhamento de carga personalizada.
    O sistema do Google Cloud difundiu-se rapidamente e virou a solução padrão do mercado. O motivo? Por conseguir orquestrar e gerenciar os contêineres, atuando no seu agrupamento. Ele atua por meio dos “pods”. O armazenamento de dados e aplicações são feitos em nuvens públicas, privadas ou híbridas. Isso permite o acesso em qualquer lugar e garante que nada será perdido. O gerenciamento em “pods” soluciona um dos maiores problemas da área ao controlar a carga de trabalho, recurso e rede de cada contêiner.
  • Redução da necessidade de monitoramento.
    A automatização é um processo importante estrategicamente no aumento da produtividade. Com isso em mente, o Kubernetes traz uma inteligência por trás que permite várias características. Entre elas, escalabilidade e recuperação automática de falhas. O Kubernetes se adapta automaticamente em um ambiente em constante modificação. E proporcionando, assim, os recursos necessários para que o sistema opere com mais rapidez e eficiência. Assim, a infraestrutura do Kubernetes permite que as equipes possam se concentrar mais em outros objetivos do negócios. Age assim, em detrimento de ter que fazer o gerenciamento manual de seus contêineres.
  • Capacidade de atuar com diversas atualizações.
    Assim como um regente de orquestra, o Kubernetes é responsável por gerenciar as aplicações. Além disso, organiza os seus recursos necessários para cada contêiner por meio do compartilhamento entre pods (estrutura que envolve um ou mais contêineres). É capaz de criar e excluir contêineres conforme a necessidade. Dessa forma, o Kubernetes também possibilita que as atualizações no sistema sejam agendadas, automatizadas e revertidas por completo em caso de problemas na versão implantada. As atualizações, muitas vezes, podem acontecer várias vezes ao longo do dia e são necessárias para a evolução das aplicações.
  • Cultura colaborativa: A partir da tecnologia open source (código aberto, termo utilizado em português), as equipes são incentivadas a contribuir com o desenvolvimento. Além disso, elas são incentivadas a compartilhar aprendizado com a comunidade de desenvolvedores. A doação do Kubernetes para a Cloud Native Computing Foundation e Linux Foundation, em 2015, permitiu criar um ecossistema colaborativo. Sem contar que ajudou a desenvolver um ciclo de vantagens tanto para os desenvolvedores e empresas, como para seus usuários.
  • Desenvolvimento de novas tecnologias e soluções: É de conhecimento comum que inovação gera inovação, e não será diferente nos próximos anos. O aprendizado de máquina, Internet das Coisas e novos aplicativos com o objetivo de facilitar o dia-a-dia são uma constante. O Kubernetes está no centro desta discussão. Ele se torna tão envolvido no desenvolvimento da tecnologia, quanto o Kernel de uma máquina ou as redes elétricas para uma comunidade.

Kubernetes

O Google disponibiliza, em formato de comics, o material “Smooth sailing with Kubernetes”. Nele, explica de forma divertida e simplificada o que é e como funciona o sistema. Interessados em aprender mais sobre o Kubernetes também podem acessar o treinamento Getting Started with Google Kubernetes Engine. Esse treinamento está disponível na plataforma Coursera.