Monitorar o Facebook passa a ser uma tarefa bem mais árdua para empresas que oferecem esse tipo de serviço. O Facebook anunciou restrições à captura de informações publicadas na rede, como noticiou a revista Proxxima.
Nesta edição do podcast Content Marketing Brasil, que você ouve abaixo, questionamos o real tamanho do estrago. Afinal, o monitoramento na rede de Zuckerberg sempre foi naturalmente mais restrito do que em redes abertas, como o Twitter, embora a popularidade seja cinco vezes maior. Há de se considerar, sobretudo, que monitoramento em redes sociais tem tido um valor comprovado para serviço de atendimento ao cliente. Para quem produz conteúdo, a qualidade da mineração — e de quem extrai e interpreta os dados — é crítica para que os dados tenham valor. Ouça abaixo todas as considerações.
https://soundcloud.com/tractobr/16-monitoramento-do-facebook
Para o Facebook, permitir que empresas extraiam e comercializem o conteúdo de seus usuários não faz parte do core business. O artigo na Proxxima é assinado pelo Eduardo Vasques (@evasques), autor do fantástico blogPérolas das Assessorias. Nos chama a atenção a seguinte colocação:
Talvez, de que o tempo do grátis como modelo de negócios padrão na internet começa a ficar para trás
Mensuração
O site americano Lead Forensics fez um compilado de palpites de especialistas sobre a forma como empresas mensuram resultados. Pinçamos uma citação, que é a do Jay Baer, fundador do Convince & Convert e criador do termo Youtility.
Conteúdo não pode ser mensurado por uma só métrica, pois nenhum dado isolado pode satisfatoriamente e com sucesso dizer se o seu programa está funcionando.
As métricas possíveis são muitas. O próprio eConsultancy apresenta uma lista enorme para, por exemplo, o uso de e-mails. Na nossa experiência como consultoria, temos percebido que as empresas têm dificuldade de mensurar resultados porque não têm o objetivo do conteúdo muito bem definido. Todas as ferramentas que de alguma forma oferecem indicadores trazem as respostas. A questão é saber qual a pergunta a ser feita.
Mobilegedom
Eis que surge mais uma buzzword: a mistura de mobile com Armagedom, que resulta na expressão barata ‘Mobilegedom’. É simples: o Google alterou o algoritmo, que impacta essencialmente usuários que façam busca por aplicativos móveis. Nesses dispositivos, ganharão prioridade os sites que já estejam adaptados ao mobile.
Sites estrangeiros, como o Search Engine Watch, e brasileiros, como o Estadão, fizeram um cataclisma. Pintaram a mudança como drástica, confrontando com o histórico das mudanças do Google, que, exceto em tentativas de burlar suas regras e trapacear na busca por visibilidade, costuma ser bem justo nos critérios e, principalmente, permite que as mudanças sejam feitas paulatinamente.
As abordagens fatalistas nos fazem pensar se não há por trás a tática do medo, especialmente diante de empresas pequenas. Por isso, nossa recomendação é tornar o site responsivo e ter atenção máxima ao mobile — mas não se assustar com o alarmismo.