DevSecOps

5 mar, 2007

Produtividade em centros de TI – O que é?

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Centros de TI, até então chamados CPDs, são caros, porém, quase ninguém tem dúvidas de que processos informatizados são mais baratos que seus similares não assistidos por computador. No entanto, nos últimos anos a informática tem consumido mais e mais do orçamento das empresas.

Assim, são muitos os estudos que buscam reduzir os custos ou aumentar os benefícios, ou o valor percebido, do processamento de dados nas empresas. Este texto coloca a questões da produtividade para reflexão de gerentes, usuários e profissionais da área de TI.

Produtividade, para o Aurélio, é “a relação entre a quantidade ou valor produzido e a quantidade ou valor dos insumos aplicados à produção”1. Ou seja, é produtivo aquilo que consegue gerar produtos com valor maior do que o custo de produzi-los. Mas o que é que um CPD produz?

Uma resposta evasiva comum, porém utilizada nas placas de missão em algumas empresas, começa com “ser a solução em serviços de TI…” e termina dizendo alguns dos processos ou produtos oferecidos aos seus usuários. Percebe-se, então, que a missão de muitos CPDs não é ser produtivo, com a re-salva de que isso pode ser óbvio e estar subentendido.

Muitos teóricos já cansaram em alertar que computadores não produzem informação. Informação, assim como conhecimento, é algo que só existe e têm sentido na mente humana2. Computadores processam dados que são úteis na medida em que irão se tornar informação e conhecimento para alguém. Os dados são manipulados, formatados, ordenados, comparados, armazenados, compactados, mostrados, impressos, transmitidos, entre outras ações, por meio de programas.

Os programas são seqüências de instruções lógicas que dizem ao computador o que fazer para manipular os dados. Programas são feitos por programadores e analistas de sistemas e os dados são obtidos por diversas formas, a mais comum ainda é por digitação em teclados feitas por funcionários, clientes e fornecedores da empresa.

Uma medida de produtividade, mas também de ineficiência, pode ser obtida pela quantidade de dados originais, digitados, e a quantidade de dados de saída gerados pelos programas de um sistema em um período de tempo. Assim, podemos afirmar que, se um CPD recebe 1 Gb de dados originais e gera 1,5 Gb de dados de saída (processados, armazenados, transmitidos, etc) em 24 horas, ele é mais produtivo que este mesmo CPD, se o processamento demorasse 25 horas. Isso quer dizer que no segundo caso, terá de se melhorar o desempenho (lógica) dos programas ou redimensionar para mais o computador.

A ineficiência, na hipótese acima, pode ser identificada analisando-se os arquivos intermediários e finais gerados no processo. Os arquivos intermediários podem estar sendo usados por processos mal formulados e os arquivos finais devem conter os dados úteis, ou seja, aqueles que se transformam em informação ou são essenciais para o processamento no dia seguinte ou futuro. Dados que são gerados para controle de processamento ou que não se sabe para que servem denotam o desperdício no uso da máquina e, novamente, programas ou sistemas mal escritos ou desnecessários.

Medir produtividade pela capacidade de processamento é só um ensaio, é fácil, pois dependem quase que exclusivamente de métricas quantitativas. No próximo texto, abordaremos a produtividade envolvendo o que há de mais importante em qualquer organização, as pessoas.