Marketing de interrupção é um assunto que me interessa não só porque eu e você presenciamos isso tão intensamente no dia a dia, mas
também por encontrar tantas fontes e evidências de que o discurso atual
sobre a mídia deve mudar. Vou citar minha opinião de acordo com a
leitura de um livro que li e recomendo: “Google marketing”, do autor
Conrado Adolpho.
A informação
Há alguns bons anos (ou melhor, décadas), o acesso a informação
era totalmente restrito. O conhecimento só era revelado a pessoas que
detinham o poder. No último século houve um grande aumento da produção
de informações por causa de grandes descobertas. Independente da fonte
das informações, elas eram guardadas em livros e corriam o risco de,
mau armazenadas, serem perdidas pelo tempo.
Com a chegada da era digital, e o armazenamento em bits, grandes estudos se transformaram em pequenos arquivos, os quais são
facilmente guardados em um HD. Já a internet, e juntamente a banda
larga, fizerem com que a produçao de informação e sua disponibilização
para outros usuários fosse intensa.
Essa pequena amostra do crescimento da divulgação da informação é um paralelo do que ocorre hoje com a mídia atual.
A disponibilizacao de informação em diferentes mídias proporcionou
a oportunidade de empresas aproveitarem o embalo para serem divulgadas.
Há tempos atrás, uma página dupla em uma revista de grande circulação e
um comercial no horário nobre davam enormes resultados.
Primeiramente surgiram mídias populares, que se apoiaram em
propagandas para se sustentarem. Televisão, jornal, rádio e outros meios de
comunicação passaram, de forma desenfreada, a produzirem propagandas. Com a internet, vieram os anúncios pop-us, banners etc., que insistem em chamar a atenção do usuário.
A crise
Segundo estudos de George A. Miller (pai da ciência cognitiva
moderna) em seu livro “O número mágico 7, mais ou menos 2: alguns
limites da nossa capacidade de processar informação”, o
homem consegue memorizar sete (para mais ou para menos) segmentos de
informação ao mesmo tempo.
Isso ocorre tanto com informações primordiais do nosso dia-a-dia,
como com nosso subconciente na difícil tarefa de absorver o conteúdo
da propaganda/mídia.
Com a exposição da informação já passamos há muito tempo disso e
acabamos por viver uma “crise de atenção” a qual acaba obrigando muitas
agências a trabalharem de maneira bem estranha
Muitas ações são bem feitas e conseguem chamar a atenção do seu público alvo, mas outras possuem um gosto bem duvidoso.
Esse tipo de marketing é chamado de “Marketing de Interrupçao” e
acredito que a cada dia ele chame cada vez menos atenção. E é incrível
como isso torna-se um ciclo vicioso, com propagandas cada dia mais
insólitas, gerando mais “ruídos” na comunicação, tornando, novamente, cada vez mais difícil de se conseguir a
atenção do usuário.
E o nosso cérebro? Bem que ele tenta, mas nossos bilhões de
neurônios não conseguem armazenar a quantidade de informação que são
descarregadas. Ele reage de tal forma ao excesso de informações, que
ignora a maioria delas de forma seletiva, só retendo aquilo que
realmente é importante e diferente.
Sendo assim, seguem abaixo dois conselhos importantes:
Invista na internet para atrair a atenção do seu cliente
O Google tornou-se uma grande ferramenta de marketing digital, por
retornar diante de uma busca, ao invés de propagandas, resultados. Seu
site é achado pelo seu cliente na hora em que ele procura pelo seu
produto, melhor ainda se for antes do seu concorrente. Ou seja, invista
no marketing digital.
Invista na idéia se ela realmente for boa Boas
idéias, juntamente com a escolha de uma mídia eficaz, trazem grandes
resultados para a campanha. Não se iluda no fato de que página dupla ou
comercial no horário nobre seriam o melhor para sua campanha.
Até a próxima!