Certa vez, em uma de minhas reuniões de apresentação de Soluções de BI, fui questionado de forma taxativa pelo cliente quanto à razão pela qual ele
deveria aderir à nossa solução. A empresa possuía uma ferramenta de análise de informação transacional, mas que era totalmente rígida e
limitada, e ainda não permitira cruzar informações dos segmentos e setores da empresa. O cliente havia dito que, se surgisse a necessidade de
cruzar as informações entre setores e outras empresas do grupo, faria isso manualmente, e que conseguiria alcançar o mesmo resultado que o BI
poderia apresentar, portanto, não havia necessidade de investir em BI.

A tomada de decisão em uma empresa deve ser tratada com o mais alto nível de importância, levando em consideração a dinamicidade do mercado
atual, que tem clientes cada vez mais preocupados com a qualidade do produto oferecido e dos serviços prestados. A história mostra que as empresas que possuem a capacidade de tomar decisões de forma mais rápida e eficiente estão à frente da concorrência, pois têm a vantagem de se adaptar mais rapidamente à frequente mudança do mercado.

A solução de BI estabelece um foco para a análise crítica de resultados e, a partir daí, para a tomada de decisões. Em termos de análise de
informações, o BI não é só uma ferramenta que permite a integração de informação; estamos falando de uma solução abrangente que compõe desde a
base de dados, passando pelo front-end, parte voltada para análise em cima de dashboards, relatórios, KPIs até a maneira pela qual se analisam os
resultados.

Muitas das informações de que CEOs e gerentes precisam estão disponíveis dentro da empresa, mas outras não. Soluções de BI conseguem ajudar os
usuários a melhor entenderem o ambiente interno e externo através de resultados mensuráveis na identificação de tendências de mercado, na
análise de finanças e analisando a base de clientes (CRM), que irão indicar o grau de desempenho da empresa para que, dessa forma, possam melhorar o controle e a eficácia do negócio.

Um ótimo exemplo de informações úteis para uma empresa e que não estão dentro dela é exatamente o CRM. A partir de várias visões que são construídas em cima das informações que clientes podem oferecer, é possível identificar do que o cliente realmente precisa e tomar decisões estratégicas visando ao lucro.

De acordo com Hermann Simon, importante especialista alemão em marketing e priceing, “o lucro é o custo da sobrevivência, é preciso de lucro
para manter uma empresa e para atingir o lucro é preciso controlar todas as variáveis e vertentes ao seu negócio.” Soluções de BI fornecem as
ferramentas para se controlar indicadores e outras várias informações que qualquer CEO ou gerente precisa ter em mãos para gerenciar seu negócio.

O Market share, que significa a parcela de participação de uma empresa no mercado, é muitas vezes tido como o objetivo principal das organizações. Porém, poucas entendem que o passo para se alcançar sua parcela do market share é o lucro. Partindo dessa idéia é possível entender como empresas menores atingem uma parcela maior do market share em detrimento de outras maiores, e a resposta disso é uma só, lucratividade.

Sob um aspecto cultural, o brasileiro ainda não vê o BI ou, por exemplo, o planejamento estratégico, como soluções ou componentes essenciais para se crescer, obter lucro; veem apenas como soluções alternativas que a organização pode sobreviver sem, mas qual empresa consegue sobreviver
sem Lucro? O que todo cliente deseja é lucro e market share, e ambos estão interligados: não se pode obter um aumento do market share sem lucro.

Soluções como a de BI têm como objetivo trazer resultado, lucro e, com isso, gerar o tão esperado aumento do market share. E, para finalizar, termino repetindo, para deixar bem enfatizado: não há como negar que lucro, market share e BI não estão interligados.

Soluções de BI, por outro lado, são um tema relativamente novo, requerem tempo para que os clientes as vejam como fundamentais, exigem tempo para que novas soluções e conceitos entrem na chamada “zona de conforto” de líderes de organizações que, na maioria, são conservadores. Mas é claro, com a frequente evolução do mercado em termos de fluxo de informação, inovações  e da própria economia, logo teremos visão de quanto o BI poderá ser aproveitado dentro de organizações.