Carreira Dev

13 mai, 2011

A regulamentação da profissão será uma pá de cal no setor de TI

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Quantas
vezes já não ouvimos a expressão “em time que está ganhando não se
mexe”? E, ainda mais em time que está em vasta expansão, como o mercado
brasileiro de tecnologia da informação.

O
Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 607/2007, que visa regulamentar a
profissão de analista de sistemas, gerando a obrigatoriedade do diploma
para exercer as funções no setor, nada contra a corrente de uma
necessidade que a área de TI possui de cativar novos profissionais
entrantes para o segmento.

Atualmente,
o setor vive um completo paradoxo: enquanto os grandes debates apontam
um futuro crescente e brilhante, ao mesmo tempo clama por profissionais,
que chega a um déficit representado por dezenas de milhares de posições
de trabalho em aberto. Ou seja, enquanto deveria se criar incentivos
para solucionar esse problema de mão-de-obra, garantindo a continuidade
da expansão do mercado, esse projeto de Lei, se aprovado, pode vir a
desacelerar o crescimento, proporcionando uma série de exigências que
travariam o funcionamento do setor.

Ao
olharmos para trás, e considerarmos os fatores que pregam a PLS 607/07
como válidos, grandes empresas não teriam sido concebidas, ou então, ao
menos, teriam tido o sucesso de certa forma atrasado, como as clássicas e
históricas criações do Facebook e da Microsoft – esta desenvolvida por
Bill Gates quanto tinha apenas 19 anos, e nenhum diploma universitário.

Em
tempos em que tratamos de gerações de profissionais que se caracterizam
pelo dinamismo e pela versatilidade, a regulamentação do exercício de
analista de sistemas viria para engessar e para criar amarras, enquadrando as
empresas em leis arcaicas, inflexíveis, que venham a desestimular e a 
gerar atritos entre empresas e sindicatos.


o profissional que acredita que essa mudança virá para o bem,
encontrará um excessivo enrijecimento e uma burocratização excessiva
para exercer a atividade, causando a restrição da demanda, acarretando
na redução do mercado e da mão-de-obra.

Em
resumo, os próximos anos do setor de TI prometem algo importante: ou
realizaremos todas as previsões otimistas, consolidando-nos como uma das
principais vertentes da economia do país, ou seremos condenados a ser
uma eterna promessa, cujo fracasso se deu por uma precipitada e obsoleta
decisão legislativa.