Tecnologia

1 dez, 2010

Eficiência energética chega ao ambiente de TI

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Falar em eficiência energética implica em considerar menor consumo de energia e, geralmente, novas tecnologias. Num país em franco desenvolvimento, como o Brasil, a demanda por energia tem crescido de modo impressionante. Mas o problema é mundial. Entre 1990 e 2006, o consumo global de energia aumentou 26%. Analisando o setor de serviços isoladamente, esse percentual subiu 39% – levando muitos países a envidar esforços no sentido de reduzir o consumo de energia elétrica.

Tanto nos Estados Unidos quanto em outras grandes economias, empresas de tecnologia tentam implantar soluções que reduzam o consumo de energia elétrica. No Brasil, entretanto, o assunto ainda é tratado de forma tímida. Apenas grandes corporações têm a eficiência energética na pauta de discussões.

Naturalmente, a maioria das empresas está mais empenhada em incluir um projeto de energia elétrica redundante para suportar sua nova estrutura de TI. Mas é evidente que em pouco tempo a necessidade de redução dos custos envolvidos no consumo de energia, bem como os problemas que envolvem mudanças climáticas e um risco maior de apagões, farão com que se pense efetivamente em soluções práticas para controlar o uso – e principalmente o desperdício – dos recursos naturais.

Medidas como a categorização dos equipamentos de TI e os programas de padronização em relação ao desempenho energético dos produtos estão sendo formuladas de modo bastante criterioso. Em pouco tempo, a opinião pública será convidada a participar de forma mais ativa no processo de decisão sobre qual equipamento se enquadra nas necessidades globais e quais devem ser descartados. Se antes ninguém se informava sobre o consumo energético de determinado produto antes de efetuar uma compra, hoje o cenário é outro, e o nível de consciência em relação aos esforços necessários para economizar os recursos naturais do planeta é cada vez maior.

Em relação à infraestrutura de TI, agir de forma alinhada com as preocupações globais não significa apenas consolidar servidores físicos e investir na virtualização das máquinas para aumentar a performance e melhorar a administração do ambiente profissional. É preciso pensar mais adiante, em sistemas que reduzam o consumo desenfreado dos nossos recursos naturais.

Através da adequação de servidores, tecnologias de virtualização e novos equipamentos para garantir o funcionamento e o resfriamento das máquinas, hoje já é possível reduzir 20% dos custos com energia. Na prática, é como se diminuíssemos um em cada cinco racks de um Data Center. Em muitos casos, entretanto, pequenas mudanças também podem resultar em grandes ganhos. É o caso de desobstruir todas as saídas de refrigeração e aproximar os racks. Outra mudança importante é vedar o ambiente, a fim de concentrar ainda mais o ar frio do ambiente.

Outra medida eficaz é optar pela terceirização do Data Center. De modo geral, os ganhos relacionados à redução de energia, espaço e recursos humanos têm feito com que muitas empresas considerem mais essa estratégia que se enquadra na responsabilidade socioambiental. Delegar a tarefa a uma empresa eficiente nesse nicho de mercado parece ser, do ponto de vista do meio ambiente e dos negócios, uma decisão mais estruturada e alinhada com as grandes questões globais da atualidade.