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20 mai, 2022

Tecnologia em alta: Robert Half atualiza tendências nacionais de seu Guia Salarial

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Diante de um processo de recuperação e reestruturação da economia após os impactos da covid-19, é importante lançar um olhar atento aos novos modelos de trabalho e à velocidade dos movimentos de atração e retenção de talentos. Atenta ao impacto dessas mudanças nas pretensões dos colaboradores e nas estratégias das empresas, a Robert Half realiza uma atualização das principais tendências do Guia Salarial 2022 da Robert Half.

“Estamos lidando com uma série de mudanças em tempo real nos escritórios. A pandemia acelerou tendências que ditam os rumos das relações de trabalho no mundo, e agora se estabilizam com a possibilidade da retomada do trabalho híbrido ou presencial. É importante que as companhias ajam com um olhar estratégico do ponto de vista de atração e retenção de talentos nessa tomada de decisão, para que se tornem opções competitivas para profissionais-chave”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Retenção no topo das atenções

A 14ª edição do Guia Salarial mostra que 89% dos recrutadores demonstram estar preocupados com a retenção dos melhores talentos em 2022. Entre os fatores que motivam esse alto índice de preocupação, 40% afirmam que há maior busca de mais qualidade de vida por parte dos colaboradores; 31% veem uma abordagem agressiva da concorrência; 26% acreditam que sua empresa não oferece salários e benefícios competitivos; e 25% percebem a desmotivação como fator que dificulta a retenção.

“Essa preocupação dos recrutadores revela a importância de algumas atitudes das empresas para se manterem atrativas e competitivas aos olhos dos profissionais. É importante que elas invistam em políticas claras de trabalho, transparência das relações entre profissionais e lideranças, além de um bom pacote de benefícios e remuneração, condizentes com o mercado”, explica Mantovani.

Retomada da confiança e contratações

Apesar das preocupações de retenção, os executivos têm perspectivas bastante positivas para 2022. Segundo a pesquisa, 90% dos executivos c-level estão mais confiantes na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre as lideranças, 44% pretendem abrir novas vagas de trabalho; 52% planejam preencher posições abertas, embora não pretendam ampliar seu quadro de funcionários; e apenas 4% indicam a intenção de congelar as contratações.

“Uma tendência que ainda vemos crescer diante desse cenário é da contratação de profissionais por projeto, ou seja, de mão de obra especializada para aliviar a sobrecarga pontual das equipes, sem grandes necessidades de reestruturação de headcount. Mesmo diante de perspectivas positivas de crescimento, a contratação por projeto é uma saída importante para lidar com a imprevisibilidade econômica e o período de adaptação das organizações para os novos modelos de trabalho”, explica o diretor.

Entre as ações em alta para potencializar a atração dos melhores talentos, os recrutadores destacam: oferta de mais oportunidades de desenvolvimento (57%); possibilidade de trabalho híbrido ou remoto (50%); oferta de mudança de cargo ou crescimento na empresa (47%); iniciativas de desenvolvimento (45%); e aumento dos salários de entrada (43%).

A busca do “work life blend”

A principal mudança nas estratégias de atração e retenção das empresas está ligada a uma preocupação cada vez maior de empregados e empregadores: o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ou “work life blend”. A Robert Half apurou que 49% dos tomadores de decisão nas empresas acreditam que seus colaboradores estão mais propensos a sofrer de burnout em 2022. Os principais motivos para essa percepção são a falta de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, assim como as altas cargas de trabalho.

“Muito do que as pessoas têm buscado no mercado de trabalho são empresas humanizadas. Aquelas que entendem que, por mais que a tecnologia evolua, a saúde física, mental e emocional dos colaboradores ainda é essencial, e impacta na qualidade dos resultados. Quando o colaborador se sente valorizado e respeitado, a tendência é de que ele retribua com engajamento e lealdade”, destaca Mantovani.

Para motivar os colaboradores e tornar o ambiente de trabalho cada vez mais saudável, as companhias vêm investindo em: maior flexibilização de horários (55%); comunicação regular (51%); e benefícios associados à saúde e ao bem-estar dos colaboradores (35%).

Setores de tecnologia segue em alta

A aceleração da transformação digital segue movimentando bastante a área de TI. Nesse cenário, a retenção de talentos passou a ser considerada o principal desafio de 2022 para 48% dos CFOs e 53% dos CIOs entrevistados pela Robert Half.

A transformação digital foi uma máxima do mercado ao longo dos últimos dois anos, e as indústrias, de modo geral, abraçaram os processos de inovação e desenvolvimento. Como resultado, todas as profissões que são tendência para o futuro absorvem o impacto da tecnologia nas relações de trabalho, o que demanda amadurecimento na análise de dados, facilidade na operação de sistemas e um maior entendimento das ferramentas digitais disponíveis”, afirma Mantovani.

Entre os diretores de TI, o cenário se torna mais desafiador diante do aumento do turnover, sentido por 54% dos líderes entrevistados. As “top 5” prioridades indicadas por eles são: segurança da informação; inovação e investimento em tecnologia; trabalhar com recursos 5G na estratégia de TI; automatizar processos; e projetos em nuvem.

Quando olhamos para as condições de trabalho que buscam os profissionais desse setor, estão: desafio arrojado e interessante; empresa atrativa e que invista em tecnologia; trabalho remoto; benefícios flexíveis; bônus; e plano de carreira estruturado.

No site, ainda é possível conferir as principais tendências de recrutamento, setores em alta, habilidades técnicas e comportamentais mais demandadas, além das posições em destaque nas áreas de engenharia, jurídico, recursos humanos, seguros, vendas e marketing indicadas pelo Guia Salarial 2022 da Robert Half.