O desenvolvedor de software e defensor de software livre, Ola Bini, foi detido no Equador. A prisão de Bini é vista por amigos como uma tentativa de reprimir a comunidade que defende segurança e privacidade na rede.
O ativista e pesquisador de segurança da informação foi detido pelo governo equatoriano em Quito, nesta sexta-feira. A prisão de Bini ocorreu poucas horas depois que a ministra do Interior do Equador, Maria Paula Romo, afirmou que havia supostos “hackers russos” no país.
Prisão de Bini teria relação com Assange
Bini é um nome conhecido no setor de computação, sendo referência em trabalhos sobre comunicação segura, privacidade da informação e anonimato. É autor de livros sobre tecnologia da informação.
O desenvolvedor de softwares é cidadão sueco e teria autorização para trabalhar e residir no Equador. Ele tem sido acusado de tentar desestabilizar o governo. O motivo seria a perda de asilo político de Julian Assange, que viveu por 7 anos asilado na embaixada equatoriana do Reino Unido. Assange foi detido ontem.
O iMaster publicou que logo após a prisão de seu fundador, o Wikileaks liberou centenas de arquivos secretos. A divulgação desses documentos seria uma promessa antiga da organização, caso Assange fosse preso.
Documentos secretos do Wikileaks
O diretório do Wikileaks na internet está aberto com centenas de arquivos. Esses documentos (alguns já tinham sido divulgados) tratam de informações sigilosas, com os mais diversos assuntos, desde e-mails de políticos até negociações entre países. Há inclusive documentos se referindo ao Brasil.