DevSecOps

3 nov, 2009

Windows 7 é mesmo melhor que Vista, XP e qualquer outro SO já feito pela Microsoft

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Há pouco mais de uma semana, no dia 22 de outubro,
aconteceu o lançamento mundial do Windows 7, a nova versão do sistema
operacional usado em 90% dos computadores do mundo. Aparentemente, o
novo Windows já é um sucesso instantâneo: a Microsoft
anunciou ter recebido alto número de encomendas nas pré-vendas (na
Inglaterra alcançaram o feito de vender mais que os livros de Harry
Porter na estréia!), e praticamente todos os veículos de imprensa estão
elogiando o SO. De uns 30 artigos que li a respeito, só me lembro de
um, publicado num site especializado em Mac, criticando o Win7.

Motivado pelos elogios que já vinham
acontecendo desde a disponibilização da versão beta pública, eu até
cheguei a baixá-la, em janeiro, animado a testar o novo Windows. Eu
estava usando o Vista
(que veio no meu laptop Dell) desde março de 2007 e, apesar de nunca
ter me incomodado com ele, estava mesmo precisando formatar meu
sistema. Porém, a lei da inércia falou mais alto e só acabei começando
a usar o Windows 7 há cerca de 10 dias, quando obtive uma cópia licenciada
para estudantes da versão final do sistema operacional.

Instalando o Windows 7

Até o momento minha experiência com o
Windows 7 tem sido bastante positiva, o que me leva a concordar que ele
é, de fato, o melhor sistema operacional já lançado pela Microsoft. Mas
antes de falar sobre o que eu mais gostei no novo Windows, vamos
começar pelo começo: a instalação. Para fazer um dual-boot dele com o
novo ubuntu 9.04, precisei desviar um pouco da rota usual.

Normalmente instala-se o Windows primeiro (formatando a máquina pelo próprio Windows), e depois o Ubuntu.
Conforme pesquisei antes, parece que dessa forma o Ubuntu ainda não
reconhece a partição do Windows 7. Assim, a dica que encontrei e
utilizei foi iniciar o sistema usando o Live CD do Ubuntu, formatar o
sistema criando uma partição NTFS
e deixando espaço livre pro Linux, e só então partir pro procedimento
normal, instalando o Windows na partição criada com o Live CD e depois
instalando o Ubuntu.

O processo de instalação do Windows 7
foi rápido e indolor. Poucas perguntas pra responder, e o processo todo
levou cerca de 30 minutos (no mesmo laptop, o Ubuntu levou mais de uma
hora). Terminada a instalação, a versão Professional ocupava 9GB do meu
disco rígido. Eu acho bastante.

Interface melhorada

A primeira boa surpresa do Windows 7 é
a interface. Foram modificações sutis, mas que pra mim deixaram-na
muito melhor: na barra de tarefas, ao invés de abas, aparecem os ícones
dos programas, que têm tamanho suficientemente bom e ocupam menos
espaço, diminuindo a bagunça no caso das pessoas (como eu) que sempre
mantêm vários programas abertos. Outra mudança que ajuda a diminuir a
bagunça é o agrupamento de janelas de um mesmo programa sob um único
ícone.

Além disso, a barra de inicialização
rápida se juntou à barra de tarefas, e quando você abre um dos
programas fixos, o ícone dele não ocupa nenhum espaço novo; além disso, uma
representação visual é adicionada pra indicar que aquele programa está
aberto. Já a “bandeja” (a barra do relógio) agora conta com menos
ícones fixos, e coloca todos os ícones de programas adicionais em
execução acessíveis num menuzinho representado por uma setinha que
aponta para cima. Por fim, uma outra mudança que achei muito útil foi a
retirada da opção “Arquivos Recentes” do menu iniciar, substituída por
um menu especial anexado a cada ícone de programas no menu Iniciar que
dá acesso aos últimos arquivos abertos com aquele programa.

Configuração facilitada e melhores programas

Em termos de “amigabilidade” na
configuração, notei duas novidades que me agradaram: toda a parte de
conexão e configuração de redes agora funciona de forma ainda mais
automágica. Exemplo: uso o wi-fi do laptop pra me conectar à internet
pelo roteador que fica na sala e compartilho essa conexão com o
desktop no quarto usando um cabo de rede. No Windows Vista, a criação
da rede entre o laptop e o desktop precisou ser feita de forma manual,
com configuração de IPs e tudo. No Windows 7, não precisei de fazer
nada disso. Funcionou magicamente. Também gostei da aplicação que
gerenciar a conexão do computador a um projetor ou monitor externo:
ficou mais simples e direto escolher se você quer fazer espelhamento
das telas, qual delas deve ser desligada ou não, etc. Como já passei
vergonha conectando o Vista a projetores, o novo configurador é bem-vindo.

Também estão melhores os softwares que
vêm “embutidos” no Windows 7. O Paint (Photoshop é pra designer,
programador usa paint mesmo), por exemplo, foi completamente reformulado
e ficou mais poderoso; o mesmo aconteceu com o Wordpad. E o antivírus
da Microsoft (Security Essentials), embora não venha instalado e nem
seja especificamente somente para o Windows 7, casa muito bem com o
sistema e é surpreendemente eficiente e amigável.

O fim das incompatibilidades e tela azul da morte?

Por fim, dois problemas críticos do
Vista não parecem mais existir no 7. Softwares antigos (como os jogos
GP4 e Wolf:ET) que eu penei pra conseguir rodar no sistema anterior,
funcionaram muito bem graças ao modo de compatibilidade com o Windows
XP. E todo o meu hardware foi reconhecido sem problemas, com os drivers
devidamente detectados já na instalação (a única exceção foi o driver
de vídeo da NVidia, que foi instalado posteriormente pelo Windows
Update). Ah, sim, e não poderia deixar de mencionar que, até agora, o
novo Windows 7 ainda não travou nenhuma vez!

Pra muita gente (incluindo eu), elogiar
a Microsoft pode gerar uma certa sensação de desconforto. Mas tenho que
admitir que o Windows 7 é a cereja do bolo para a empresa neste ano de
2009, que vem marcando um certo renascimento da MS: se aproximou do
open source (incluindo o php no Visual Studio),
pela primeira vez fez um bom e inovador sistema de busca (o Bing),
anunciou o Office Live (pra barrar o avanço das Google Apps) e agora se
redime do fracasso com o Windows Vista. Enquanto todo mundo olha para o
Google (que aos poucos começa a ser considerado “A” corporação evil) e
sua jornada de dominação mundial, a Microsoft vai dando sinais de que
ainda não está tão fora do jogo assim.

Screenshots

Escrevi sobre as mudanças na interface
trazidas pelo Windows 7, e para um melhor entendimento do que mencionei,
incluo alguns screenshots.

A nova barra de tarefas e barra de status.

O novo menu Iniciar com e o menu de arquivos recentes.

Agrupamento de janelas do Windows Explorer sob o ícone do mesmo.