DevSecOps

9 abr, 2008

O segredo de potencializar a inovação e a influência da Internet

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É senso comum que a inovação esteja sempre relacionada à área criativa. Brian Crotty, VP de Planejamento da McCann-Erickson, veio novamente ao Brasil para contestar esse ponto de vista, pois afirma que há muitos tipos de inovação que podemos ter em nossa rotina e mostrou como gerenciar a inovação em nossos processos de trabalho.

Para Brian, temos uma demanda cada vez maior por inovação. Inovação não é efeito especial ou usar um novo celular. É algo mais profundo do que as idéias superficiais. Pode ser simplesmente uma mudança no processo ou forma de apresentar um produto, seja um website, interface, nova experiência do usuário, ou campanha. Os usuários estão mais sofisticados, e os clientes são mais sofisticados.

Wall Street e os acionistas exigem inovação por parte das empresas, porque é com ela que uma companhia pode se diferenciar das demais, o que é fundamental para a valorização das ações.

Isso também se aplica às marcas. É difícil uma marca se diferenciar das outras vendendo um simples sabão em pó. Diferenciar a percepção do produto na mente do consumidor passa a ser “nosso” objetivo, tal como estabelecer uma mudança na cadeia de valor e no desenvolvimento de diversos modelos de negócios.

Mas quem sabe qual o modelo de negócios correto para o setor de telefonia móvel ou redes sociais? E o modelo dos negócios tido como tradicional, mas que também mudou radicalmente?

Nós aceleramos o ciclo de vida. Antigamente um filme era lançado no cinema, seis meses depois no DVD, em seguida pay per view, e por aí vai. O ciclo de vida de um filme era muito longo, e hoje em dia o processo foi muito comprimido. Dessa forma, há uma demanda de inovação na forma como apresentamos um filme. É preciso criar mais conteúdo em menos tempo. Ou seja, os questionamentos no mercado tradicional não estão tão diferentes quanto os das redes sociais ou telefonia móvel.

E, consequentemente, o modelo de agências digitais no Brasil também precisa de inovação. Brian, por exemplo, o compara a um sapo esquentando dentro de uma panela. Ele não consegue sentir a mudança quando ela é lenta e gradual e acaba morrendo.

Ainda segundo Brian, existem 4 tipos de pessoas em relação à inovação. Veja onde você se encaixa:

1. Pessoas que são inconscientemente incompetentes. Não sabem se estão inovando ou não.

2. Conscientemente incompetentes. Sabem que estão fazendo alguma coisa errada, mas se recusam a tomar alguma providência. Alguém que assiste a um raio cair e fala “que bom, não caiu em mim”.

3. Inconscientemente competentes. São brilhantes, mas não sabem por que são brilhantes e não sabem ensinar o que fazem. É incontestável que são brilhantes, mas se não sabem replicar o que fizeram, não podem compartilhar o brilhantismo.

4. Conscientemente competente. Daqui vêm 90% das inovações. Einstein e Da Vinci inovavam só porque tinham idéias brilhantes? Absolutamente! Eles seguiam processos, linhas planejadas. Testavam e reaplicavam.

Inovação não é tão fácil como um artista faz parecer, mas seguem algumas dicas.

Inovação tática!

Muitas vezes uma equipe coloca muito material digital num plano de marketing para que ele pareça inovador e não dá resultado. Ou então colocam tudo de inovador numa única campanha, e não terá mais inovações para inserir em campanhas futuras. É necessária a inovação sustentada. A marca depende de inovação.

Os pilares da inovação transformadora.

01. O que quer que faça, faça algo que não pode ser copiado rapidamente.

02. Tem que ser lucrativo.

03. Tem que ser algo diferente na sua categoria. Diferente da norma.

04. Causar mudança de percepção na indústria.

Esse ciclo de informações sempre chegará a um resultado comum: maximização do valor da marca.