No artigo anterior estudamos até os três livros do padrão mundial, para cursos on-line, o Livro CAM (“Content Aggregation Model”), o Livro RTE (“Run-Time Enviromment”) e o Livro SN (“Sequencing and Navegation”).
Livro CAM, constituído por: Content Model, que define os elementos onde podem ser guardados os conteúdos de ensino; Meta-data, cujo nome remete a Meta Tag do nosso conhecido HTML e possui a mesma finalidade, ou seja, descrever o conteúdo; e pelo Content Packaging, que define como devem ser agrupados os conteúdos de ensino permitindo que sejam instalados em ambientes diferentes.
No Content Model, temos três componentes: os Assets, o Sharable Content Objetcs, ou como dizemos, SCO e o Content Aggregation.
Os Assets, são partes do conteúdo, como: texto, imagens, som, HTMLs e qualquer formato que possa ser disponibilizado via Web. Esse conjunto de Assets, um ou mais, são o SCO de um curso, onde obrigatoriamente há um mecanismo para estabelecer a comunicação com o LMS, que por sua vez manipula os SCOs individualmente, característica que potencializa sua reutilização, um dos pilares do padrão.
Continuando no Content Model, temos o Content Aggregation, mapa usado para reunir recursos de ensino em ordem coesa, exemplo: Curso, Módulo. A navegação entre os SCOs deve ser feita sempre via LMS, quando não, descaracterizamos o padrão, porém, como citei no artigo anterior: “é mais comum do que possam imaginar” essa prática, enfim, não pode haver links entre SCOs diferentes, são permitidos apenas links internos.
Temos o Meta-data, citado anteriormente, as informações descritas nele servirão para arquivamento e pesquisa via LMS, por exemplo. Finalmente, o último tema do Livro CAM, o Content Packaging, conjunto de regras e normas para agregar conteúdos de ensino em blocos (packages), que permitem a transferência entre sistemas de LMS diferentes e está divido em duas partes: um documento XML, que descreve os conteúdos e a organização do pacote, o imsmanifest.xml, ou Manifest/Manifesto, obrigatório e diário para quem trabalha com e-learning, pois não há um pacote sem Manifest, voltaremos nele a seguir. E os arquivos em geral (Assets, SCO(s)). Esses pacotes são criados e guardados geralmente em um arquivo PIF (Package Interchange File), sigla comum em livros especializados, que entre os formatos mais utilizados estão JAR e nosso conhecido ZIP.
Sobre o Manifest, está dividido em três partes: Meta-data já apresentado; a Seção, onde encontramos os Organizations que definem a estrutura e o comportamento dos SCOs. Por fim, a última parte, os Resources ou lista de apontadores, pois apontam para os arquivos que iniciarão o SCO. Para finalizar o Livro CAM, um exemplo simplificado de Manifest, abaixo, continuaremos com os Livros: RTE e SN em outro momento, já extendemos bastante por hoje…
Dica: utilizem o Encoding: UTF-8 e evitem erros de acentuação, mas atenção, não converta o Enconding com o código digitado, recorte-o, converta e cole-o novamente, isso garante que os caracteres não sofreram nenhuma alteração. Agora é só salvar, fechar e bom curso!
Espero que tenham gostado, um abraço!