DevSecOps

26 abr, 2016

Internet das Coisas, Internet nas Coisas e o impacto em todas as outras coisas

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Iniciamos 2016 com um movimento que iremos discutir durante muito tempo ainda: Internet das Coisas. Parece que estamos finalmente entrando em fases mais concretas do hype cycle de adoção de novas tecnologias com algumas iniciativas de IoT.

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Logo em janeiro já tivemos a Ubiquity Dev Summit, conferência na qual diversos aspectos de Internet das Coisas foram discutidos, principalmente pelo pessoal ligado ao Google. Alguns pontos bem importantes foram levantados no keynote do evento, e acho que eles exemplificam bastante a revolução que iremos enfrentar daqui pra frente. São estes os principais aspectos que vão moldar a experiência com coisas conectadas à Internet e entre si:

a) Human Interface

Pensar esses novos produtos e interações ignorando a interação que eles terão com humanos seria um erro que a era mobile provou que não pode ser repetido. No entanto, como moldar uma experiência na qual a interação pode acontecer apenas por voz, toque, cheiro ou preferencialmente sem nenhuma interação de humano diretamente?

Quando diversos dispositivos, de diferentes formas de inputs e outputs e formatos, precisam coexistir formando um ambiente que continue sendo habitável por humanos, a necessidade por profissionais que saibam pensar e planejar todas as vertentes dessa experiência acaba se tornando cada vez maior.

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Pense em objetos altamente tecnológicos, mas com interfaces extremamente simples.

Um dos melhores exemplos que podemos dar hoje são as diversas fechaduras inteligentes que já estão disponíveis no mercado. A tecnologia não intrusiva vai nos rodear.

b) Segurança/privacidade

Outro ponto muito importante é a segurança e privacidade, e como os usuários terão controle dos seus dados. O fator crucial é que quanto mais “coisas” tivermos ao nosso redor, mais informações sobre as pessoas elas poderão coletar: desde algo tão simples, quanto a temperatura de uma casa, até se você precisa ir ao supermercado. Dados, os seus dados, estarão sendo utilizados para construir a experiência que você deseja. Fatores como segurança, controle de permissão de acesso, uma forma facilitada de atualização de software (para o caso de encontrar alguma falha, por exemplo) acabam sendo fatores importantes. Os dados provavelmente serão sincronizados na nuvem, em algum lugar (provavelmente seguro), inclusive para garantir a perpetuidade das suas informações conforme você troca de “coisas” ou adquire “coisas” mais novas.

c) Interoperabilidade

O que nos leva ao último ponto importante: interoperabilidade. O mundo das coisas conectadas já começa relativamente fragmentado. Existem virtualmente três grandes players, cada um com a sua abordagem, plataforma e protocolo específicos para lidar com as complexidades de IoT. Especificamente, o Google tem as iniciativas do Brillo e do Weave: uma endereça o problema de integração entre hardware e sistema operacional, utilizando o sistema operacional Android como base; e a outra tenta padronizar uma forma de comunicação entre as coisas. Outro player bem posicionado é a Apple, com o seu HomeKit, e por último a Amazon, com a iniciativa da AWS IoT.

Cada uma aborda o problema de acordo com a sua particularidade. O Google foca em alcance e utiliza o poder (e a base de instalação) do Android; a Apple foca na sua experiência “premium” e verticalizada; e a Amazon se posiciona pela camada de nuvem e pela capacidade de processamento e de fazer sentido dos dados – que é o problema subsequente de uma estratégia de IoT bem executada. Nesse ponto, o Google está na frente, por exemplo, com o TensorFlow.

A principal questão é que todos esses dispositivos precisarão se comunicar, e isso vai precisar ocorrer independentemente do sistema operacional que você usa, ou do fabricante. Você já pensou o caos que seria se a sua torradeira não falasse com o seu fogão, pois são de marcas diferentes?

Problemas que iremos enfrentar…

Um problema que provavelmente veremos acontecer mais vezes no futuro pode ser exemplificado pela thread abaixo:

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Cada vez mais, essas “coisas” serão dependentes e interconectadas, e as questões de personalização, privacidade e estabilidade ficarão cada vez mais latentes. Para quem quiser se aprofundar mais, seguem alguns vídeos interessantes: