Dando continuidade à série de GPS Forensics, falaremos sobre perspectivas no setor. Como verificado, informações de GPS são cada vez mais comuns e, claramente, podem significar muito em uma investigação de criminal ou de um incidente de qualquer natureza. O profissional de forensics deve se habituar a conhecer os sistemas de arquivos dos principais fabricantes, como TomTom, Garmin e Megallan, tendo também noção dos equipamentos “genéricos” existentes no mercado.
Para conhecer a estrutura de arquivos de outros fabricantes acesse: http://www.forensicswiki.org/wiki/Global_Positioning_System.
A tendência é que tenhamos equipamentos com outras funções como conexão wireless, aplicações de escritório, dentre outros, o que demandará do perito a necessidade de estrutura para clonagens dos discos que já ultrapassam 20Gbytes em alguns modelos.
O perito deverá se habituar e certamente receberá, no futuro, casos em que poderá verificar que a origem de um e-mail partiu de um GPS ou mesmo a contrafação de conteúdo protegido por direito autoral (como e-books, músicas e vídeos) dentro dos dispositivos.
Será crescente o uso de máquinas digitais e celulares que contêm GPS receivers embutidos, logo, tais máquinas registram latitude e longitude em metadados das imagens, denominados EXIFs, informações que podem ser extraídas pelo perito com ferramentas como jhead.
Assim, o perito, sem desprezar as ferramentas que já possui para coleta e para preservação de evidências, deverá se familiarizar com ferramentas específicas, como BlackThorn2. Igualmente, já pode buscar no exterior certificações específicas para GPS Forensics.
Será crescente a atividade pericial de rastreadores de veículos de empresas, em relações trabalhistas, eis que equipados com GPSs. Além de periciar o equipamento, o perito também terá a tarefa de analisar servidores dos dados recebidos e demais estações intermediárias.
Terá que lidar com técnicas antiforense como “GPS Jamming”, dispositivos vendidos na internet com capacidade de bloquear os sinais dos equipamentos, despistando um trajeto, impedindo o rastreamento. Interferência GNSS e falsificação de sinal serão outras técnicas que poderão iludir um policial indicando um caminho, quando na verdade o criminoso segue por outro. (http://www.gpsworld.com/defense/security-surveillance/expert-advice-gps-forensics-crime-and-jamming-8986)