DevSecOps

17 fev, 2011

A nuvem e os novos desafios de segurança

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Um assunto que está na maioria das rodas de conversa na área de tecnologia é cloud computing. A verdade é que muito se fala, mas realmente pouco se entende do que se trata
essa revolução e, principalmente, o que motiva esse crescimento de uso e
também de mudança de comportamento do usuário.

É essencial que ocorra entendimento sobre o que realmente significa estar na ‘nuvem’,
afinal as tecnologias de virtualização, que muito nos confundem, até servem
como base para o cloud computing, mas não é necessariamente o cloud computing
em si.

A definição mais básica do cloud computing é um serviço prestado a
partir da nuvem, ou seja, a representação abstrata de algo desconhecido e
nebuloso, acessível de qualquer lugar e a qualquer hora.

Pode até parecer
confuso e você provavelmente deve estar relacionando diversos serviços que utiliza na internet e se eles seriam cloud computing. Provavelmente muitos
desses serviços que você pensou, como Gmail, Facebook, Orkut e muitos
outros, são exemplos perfeitos do que realmente é a computação nas nuvens. A
maioria das pessoas nunca notou essa relação, apesar de usar esses serviços diariamente.

Agora que
entendemos melhor o contexto do cloud computing, podemos também entender por que esse termo tem
sido cada vez mais falado no mercado. A computação em nuvem ganhou espaço para discussões justamente pelo aumento de
inclusão digital, mobilidade, comportamento social do usuário e outros
fenômenos da internet.

É natural que os usuários, com o passar do tempo, acabem
migrando suas informações para a nuvem em aplicações populares como as citadas anteriormente e assim possam se beneficiar do acesso universal a essas
informações sempre que julgarem necessário, seja em casa, no trabalho ou na
rua.

No entanto, infelizmente,
não são somente os usuários que estão migrando para a nuvem, mas atentos de uma forma geral à
mudança de comportamento dos usuários estão os cybercriminosos, que também mudaram suas
estratégias.

Atualmente podemos ver um número maior de ataques, especificamente direcionados
aos serviços na nuvem – que muitas vezes não dependem exclusivamente da segurança
do próprio computador do usuário para poder se apropriar de informações
valiosas.

Uma pesquisa
realizada pela OpenDNS revela que, entre
os maiores alvos de tentativas de phishing em 2010, o termo Facebook aparece em
2º lugar com 5,3% das tentativas computadas. Os dados comprovam o quão relevante se tornaram os
serviços na nuvem, não só para os usuários, mas também para os
criminosos.

Um ótimo exemplo
prático dessa constatação é uma campanha fraudulenta, realizada em outubro de 2010, que
oferecia o smartphone da Apple – o iPhone -, totalmente grátis para quem clicasse
em uma mensagem deixada em seu mural por um amigo. No entanto, ao clicar no link,
o usuário era obrigado a autorizar o acesso a seus dados pessoais pela
aplicação.

Essa simples ação oferecia ao criminoso o acesso não só a várias
informações disponíveis no perfil do usuário, como também publicava a mensagem
nos perfis dos contatos da sua lista. Isso fez com que essa tentativa se
espalhasse rapidamente pela rede social.

Esse
tipo de situação tem desafiado as principais soluções de segurança do mercado,
que ainda estão se adaptando à essa nova realidade, além de migrar seus focos de proteção
para muito mais que apenas arquivos armazenados no próprio computador do usuário e estendendo o foco da preocupação para o conteúdo acessado pelo usuário através da web.

A partir dessa mudança na tecnologia, funções como a proteção de navegação e os próprios navegadores mais
seguros estão ganhando relevância para as empresas. O objetivo é atender a necessidade de proteção muito além do que se resume a proteção
tradicional.

Enquanto
isso, cabe aos usuários serem sempre mais cautelosos ao acessar a internet. É preciso não expor dados e informações mais do que fariam, por exemplo, em um ambiente público. A ideia é tentar, assim, manter a máxima distância e cautela dessas novas vulnerabilidades digitais.