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31 mai, 2010

A arma é o medo

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A cada dia cada vez mais a
Internet se torna indispensável na vida de milhões de pessoas ao redor do
globo, mais e mais pessoas acessam sites de relacionamento, redes sociais e
trocam e-mails pela rede, tornando-a parte importante de nossas vidas.

                Infelizmente
essa notoriedade da rede não chama apenas a atenção das empresas para a
divulgação de suas marcas na Internet, mas também está atraindo toda uma nova
geração de organizações criminais cibernéticas que se aproveitam da inexperiência
do usuário para atrair vítimas para seus golpes digitais.

                Estas
organizações são muito mais abrangentes do que o crime cibernético tradicional
dominando diversas especialidades de técnicas maliciosas e tendo capacidade de
divulgação de suas ameaças muito maior do que teria um indivíduo sozinho
expondo mais usuários da rede a suas trapaças tornando essa prática extremamente
lucrativa para estes sindicatos do crime.

                Com
mais dinheiro e mais pessoas estas organizações estão também reinventando o
crime digital, introduzindo novas técnicas que por muitas vezes pegam o usuário
 comum desapercebido  levando-o a acreditar que não está fazendo
nada de errado quando na verdade está sendo totalmente passado para trás e
deixando para essas organizações prejuízos pessoais e financeiros muitas vezes
irremediáveis.

                Mas
como essas organizações fazem os usuários serem enganados tão facilmente?

Blackhat SEO

                Cada
vez mais a Internet está dominada por mecanismos de busca e hoje é prática
comum usarmos esses sites, como por exemplo o Google, diariamente para
localizar assuntos de interesse na Internet.

                Este
comportamento do usuário notado pelas empresas derivou uma técnica chamada SEO
(Search Engine Optimization) que utiliza certos parâmetros para melhorar a
indexação de seus websites e ter melhor posicionamento, preferencialmente tendo
o site de sua empresa sendo exibido no topo dos resultados das buscas.

                Se o
uso de tais técnicas pode influenciar na ordem de exibição dos resultados de
buscas não demorou para que as organizações criminosas se apoderassem da
técnica para envenenar os resultados de buscas com websites que na verdade
estão contaminados com algum tipo de malware.

                A
reputação do site de pesquisa faz também com que o usuário seja mais facilmente
ludibriado a acessar este tipo de website contaminado, afinal se o Google me
diz que esse site é altamente relevante para a minha pesquisa, aparecendo entre
os dez primeiros resultados porque eu deveria desconfiar? E ai transferimos
erroneamente a idoneidade do Google para este site que nada tem a ver com ele e
usou de técnicas maliciosas para enganar você e o próprio Google.

Scareware

                Levar o
usuário a acessar um site com conteúdo mal intencionado através de manipulação
dos resultados dos mecanismos de busca é apenas o primeiro passo, os criminosos
digitais precisam agora atrair o usuário a instalar o malware e para isso usam
uma tática psicológica.

                Para
garantir que o usuário vai de fato instalar o malware os criminosos usam técnicas
de psicologia, sabendo que o usuário sobre forte pressão tem menos chance de
tomar ações racionais e evitar assim ser explorado, para isso surgiram os
scarewares, que se utilizam do medo para forçar o usuário a tomar uma ação
precipitada e cair na armadilha.

                Os
scarewares são exibidos de inúmeras formas, mas a principal delas é na forma de
falsos antivírus, que levam o usuário a acreditar que o site malicioso identificou
uma contaminação em seu sistema e que ao fazer o download do software antivírus
falso você estará salvo.

                Pode
parecer óbvio que você não vai cair em um golpe tão simples mas isso não se trata
de perspicácia ou não, pois a qualidade visual de ambos websites e softwares
falsos de antivírus levariam até o mais avançado usuário a de forma desavisada
acreditar que está tomando a ação correta quando no entanto está expondo as
informações de seu computador ou até informações bancárias para o criminoso
digital.

Como me proteger?

Pouco tempo atrás seria fácil
levantar características que denotariam um software falso ou um website
malicioso, mas a verdade é que para o desespero da maioria dos usuários hoje a
qualidade e complexidade dos crimes digitais os torna quase imperceptíveis
quando comparados às versões reais dos softwares ou websites que você inicialmente
gostaria de acessar.

Confiar demais na Internet é
sempre um perigo, assim como não confiamos demais em andar em uma avenida sem o
risco de ser assaltado só porque ela é conhecida devemos ter a mesma
preocupação com, por exemplo, os sites de buscas, afinal o fato de ser um
grande site de buscas não o faz mais seguro, muito pelo contrário o torna alvo
muito mais freqüente de tentativas de ataques como o Blackhat SEO.

A dica é sempre desconfiar, por
mais notório e confiável que seja o website que você está navegando tenha
sempre cuidado em o que você clica e instala em seu computador de origens
provenientes da Internet, além disso, pense sempre duas vezes antes de tomar
uma ação sugerida por qualquer software, afinal nenhum vírus vai destruir seu
computador só porque você levou um minuto a mais para pensar antes de executar
uma ação.

Em casos específicos de antivírus
procure sempre instalar antivírus somente de empresas que tem idoneidade no mercado,
se você nunca ouviu falar no nome da empresa é porque pode haver algo errado e
talvez essa empresa nem exista de fato. Nomes fortes de mercado como McAfee,
Symantec, Telium, Sophos, Panda, Kaspersky , AVG, Avast, entre muitos outros
devem ser levados em conta para evitar desilusões.

Lembre-se também que todos os
fabricantes de antivírus dispões de download e/ou compra diretamente por seus
próprio websites, então evite de fazer download de antivírus de qualquer outro
site pois ele pode ter a sua marca favorita, pode ter a cara da sua marca
favorita, pode aparentemente funcionar totalmente igual a sua marca favorita,
mas na verdade ele pode ser nada mais do que um placebo que tem cara de
antivírus mas na verdade é um software malicioso.

Nos dias de hoje, quando se fala
de Internet, cuidado e desconfiança são iguais a segurança.