Desenvolvimento

15 jul, 2015

10 dicas para product e customer discovery em Mobile

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*Com colaboração de Jonas Tomaz e Viviane Martins.

Já falamos diversas vezes sobre a importância de, antes de desenvolver um app mobile, descobrir se aquele app é o certo a ser desenvolvido. E, para isso, duas técnicas são essenciais: product e customer discovery. Teve uma ideia? Então “get out of the building”! Saia do prédio, converse com seus possíveis usuários, analise os feedbacks, teste hipóteses e itere o seu produto quantas vezes for necessário. Dito isso, vamos a algumas dicas para fazer product e customer discovery em mobile.

Get Out the Building

1. Prototipe em alta fidelidade

As ferramentas de construção de user interfaces em mobile estão bem avançadas. Desenvolver algum protótipo usando o story board é extremamente simples hoje, e o mesmo se aplica ao XML de layout de Android. Vale lembrar que na fase inicial do seu protótipo você provavelmente tem controle sobre o dispositivo no qual ele será utilizado. Então, faz sentido que você enderece a interface apenas para esse dispositivo ou tamanho e desconsidere outros até que as hipóteses comecem a ser validadas. De um modo geral, estimulamos protótipos de alta fidelidade.

2. Dados reais não são tão difíceis de simular

Com o advento de ferramentas de Backend as a Service, está cada vez mais fácil ter algum tipo de interação cliente-servidor no seu protótipo caso seja necessário. Se a ocasião surgir, recomendamos fortemente o uso do Parse do Facebook para tal tarefa, basicamente por três razões: já tem suporte para iOS, Android, Javascript, PHP, e diversas outras plataformas; é de graça; e elimina a necessidade de desenvolvimento backend para conseguir atingir um maior nível de fidelidade.

3. Leve em consideração (ou não) a plataforma do entrevistado

Em muitos casos, você não vai ter controle sobre a plataforma de escolha do seu usuário mobile durante a entrevista de validação. Ele pode ser iOS ou Android e, às vezes, isso pode ter um impacto muito grande na forma como ele interage com o seu protótipo. Dito isso, vale a pena um esforço maior na hora de criar os primeiros protótipos para definir qual plataforma você deve prototipar em primeiro lugar.

 

AndroidxApple

4. Algumas ferramentas de prototipação de média fidelidade

Aqui na Concrete Solutions também usamos ferramentas de média ou baixa fidelidade para prototipar ou comunicar comportamento de interação para o time e/ou cliente, em alguns casos. Algumas delas valem a pena serem vistas, como o InvisionApp, o Adobe Muse ou o Sketch iOS Mirror.

Apesar de eu, particularmente, preferir prototipar em alta fidelidade na maioria dos casos, já utilizamos diversas outras formas de prototipação e estamos sempre dispostos a testar novas ferramentas que nos tornem mais produtivos.

5. Se possível, filme a interação com o protótipo; isso vai te ajudar depois

No processo de product discovery, você pode validar a interação entre o usuário e seu produto de forma rápida com um protótipo. Nesse processo, é interessante conseguir filmar as sessões de uso para servirem de insights posteriormente. Existem soluções bem ad-hoc e bem profissionais para isso. Uma delas é o Mr. Tappy, mas em um time com pessoas inteligentes e bem intencionadas temos certeza de que você consegue se virar mesmo sem ele. =)

Filmando

6. Questionário quantitativo mobile-friendly

Em uma fase posterior ao product discovery, você deve rodar uma pesquisa quantitativa com um grupo maior de usuários para conseguir validar/invalidar hipóteses descobertas qualitativamente. Em muitos casos, disparamos formulários via e-mail para obtermos esse tipo de feedback. É importantíssimo que esse questionário seja mobile-friendly, pois as chances de uma pessoa interessada em responder a esse questionário recebê-lo via celular é enorme. Então, esteja preparado para dar uma experiência agradável.

7. Itere o seu protótipo in-loco

Uma das principais vantagens de prototipar e validar hipóteses em um contexto mobile é o fato de você estar móvel. Use isso a seu favor! Em muitos casos, conseguimos iterar um protótipo diversas vezes em um mesmo dia, justamente porque estamos com smartphone, tablet e notebook em mãos do lado do usuário.

8. Não se esqueça de carregadores e conexão com a Internet

Um erro comum que já aconteceu diversas vezes é você se preparar para passar o dia inteiro “out of the building” validando hipóteses e iterando o seu protótipo apenas para descobrir que tem 20% de bateria no smartphone e 10% no notebook. Sempre que escolher um lugar para rodar as entrevistas qualitativas, procure uma tomada por perto e saia de casa com o máximo de bateria possível em todos os dispositivos envolvidos no processo. A última coisa que você quer que aconteça é ter que encerrar um dia produtivo de validações, porque a sua bateria acabou – #fail. Outro ponto importante e negativo é desconsiderar a conexão com a Internet (caso o seu protótipo faça uso dela). Sempre teste o seu protótipo no lugar onde você executará as entrevistas de validação.

Bateria

9. Entrevistados e local

Escolha usuários reais, defina o público (a partir de personas, ou perfil de clientes) e busque locais onde esse público costuma estar. Visitar o local antes pode ser uma boa: em muitos casos, quando vamos para a rua, as coisas não acontecem ou não são como esperávamos. Tente se antecipar a isso.

10. Muita gente pode atrapalhar

Já falamos sobre a tríade PO, UX, e Hacker (desenvolvedor) para o processo de discovery. Consideramos que esse número mágico de três pessoas é o ideal para rodar os experimentos de validação. Com menos do que isso, você fatalmente perderia um papel e, com mais do que isso, você pode passar a mensagem errada para o entrevistado, confundi-lo e muitas vezes assustá-lo.

Certo? Ficou alguma dúvida, tem alguma observação ou quer acrescentar algum item à lista? Fique à vontade para usar os campos abaixo. Até a próxima!