Carreira Dev

15 dez, 2011

Home Office: trabalhar em casa é moda, necessidade ou privilégio?

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Caros leitores, em setembro deste ano completei seis anos que escrevo para o iMasters. Foram 44 artigos, e isso, pra mim, é motivo de orgulho e alegria. Agradeço a todos vocês pelas críticas e sugestões, pelos comentários no site, ou direto no meu e-mail particular. O retorno de vocês é sempre um estímulo a escrever mais. Obrigado!

No artigo de hoje vamos tratar do “Home Office”. Afinal, isso é uma moda passageira, uma necessidade dos tempos modernos, ou um privilégio para poucos?    

Tempos atrás se falava desta nova maneira de trabalhar como algo futurista. Aliás, parecia se tratar de um futuro muito distante. Hoje o trabalho remoto já é uma realidade e é usado por um grande número de empresas no mundo inteiro, que descobriram inúmeras vantagens nesse tipo de trabalho.

Vários governos já incentivam empresas a adotar o trabalho remoto entre seus funcionários. Nos Estados Unidos o próprio governo, há muito tempo, tomou a iniciativa de usar o trabalho remoto – antes mesmo de várias empresas do setor privado. Hoje já existe no mercado uma boa quantidade de ferramentas que permitem que se trabalhe remotamente com conforto e segurança. 

Vantagens e desvantagens 

Com o uso do trabalho remoto, alguns custos podem ser claramente reduzidos, como o fato do funcionário não ocupar mais espaço no escritório, não frequentar o cafezinho, não usar o telefone da empresa, ou não depender de serviços do escritório. Em contrapartida, a empresa irá ter novos gastos como, por exemplo, pagar a sua conta telefônica, ou da conectividade com a Internet e uso da banda larga.     

Outro custo que diminui é o de manutenção dos equipamentos, uma vez que, em muitos casos,  o funcionário usa seu próprio equipamento. Mas a empresa pode ter gastos com antivírus e alguns softwares, ou hardwares específicos, para viabilizar o trabalho. Em resumo: a empresa precisa disponibilizar uma infra-estrutura adequada ao trabalho requerido. 

Hoje existem inúmeros softwares que podem criar a estrutura necessária para o bom funcionamento de um trabalho remoto; desde o registro do uso do computador remoto, a um software de compartilhamento de documentos e de reuniões em grupo. É importante observar a existência de grande número de softwares livres disponíveis no mercado que poderão ser usados, além do crescente uso dos serviços em nuvem. Ambos ajudam a reduzir os custos.

Trabalhar em casa não quer dizer, necessariamente, aumento de produtividade. Vai exigir que o funcionário observe metas e tenha disciplina em sua nova rotina. Mas não é só isso que vai garantir o sucesso do trabalho. É preciso participação efetiva da gerência. É importante, também, ter um plano de contingência bem traçado, com a estratégia definida para os casos de problemas de acesso, como falha de acesso à Internet e outros problemas clássicos de rede. 

Trabalhar remotamente não significa estar “invisível” para a empresa, pois todos os envolvidos em um projeto devem ter meios fáceis de localizar um membro da equipe, para que participe de uma videoconferência ou dê a sua opinião sobre uma determinada solução apresentada, por exemplo.

Um problema de doença na família, ou um cano furado em casa, pode atrapalhar a rotina de um funcionário, mas se ele trabalhar em casa, este dia poderá render alguma coisa – no mínimo será melhor do que perder o dia inteiro de trabalho. Agora, imagine o impacto de uma greve de transportes se seus funcionários estiverem trabalhando em casa neste dia? Pois é… Nenhum!

Preocupado com a emissão de CO2, o governo londrino anunciou recentemente um programa  chamado “Anywhere Working”, que seria traduzido como “trabalhando em qualquer lugar”. Ele visa incentivar empresas a reduzir o deslocamento de seus funcionários, sugerindo a implementação de jornadas flexíveis e o uso do trabalho remoto. Este programa conta com o apoio de empresas como a Microsoft e a Vodafone, que darão dicas e treinamento em tecnologias que permitam o trabalho em casa. Um grande impulso para as empresas aderirem ao projeto é o fato do governo inglês ter como um dos objetivos levar a Internet a 90% da população até 2015.

Do lado negativo, é sabido que muitas empresas ainda evitam esta modalidade face a sua “novidade” e a falta de estatísticas e de legislação especifica, uma vez que não há controle efetivo de horas trabalhadas, poderão ocorrer questionamentos na Justiça de horas extras, trabalho noturno, etc. É importante que o contrato contenha clausulas bem especificas voltadas para essa nova modalidade de trabalho.

Conclusão

Na minha opinião, o trabalho remoto é uma boa alternativa e ambos os lados – empregado e empregador – ganham. Leia-se ganhos no lugar de riscos. Vale lembrar também que fugindo dos engarrafamentos e do stress da rotina diária, os funcionários ganham em qualidade de vida.

De um lado, o funcionário pode ajustar o seu próprio ritmo de trabalho, ter maior autonomia, ter mais tempo livre e menos stress. Do outro, a empresa notará uma redução de custos, que vem a ser uma das principais vantagens.

E sua empresa já disponibiliza o trabalho em casa? Incentiva esta nova opção, ou é totalmente contrária?
Vamos lá, dê a sua opinião e divida sua experiência conosco. 

Até a próxima!