Carreira Dev

14 out, 2009

Gestão em design – Parte 02

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Leia o artigo anterior:

Gestão em design – Parte 01

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O gestor possui atribuições comuns, com tentáculos que se espalham por todo o processo de produção no design. São tarefas estratégicas. Quando bem desenvolvidas, garantem o sucesso de uma boa peça de design. Ou não.

1) Levantamento das necessidades
O cliente possui suas necessidades que devem ser atendidas em sua totalidade. Mesmo com um bom atendimento, um bom briefing, cabe ao gestor analisá-lo com atenção, desfazendo os possíveis nós e esclarecendo todas as dúvidas comuns. Assim, a equipe contará com diretrizes claras e bem definidas sobre o que fazer, como fazer e como direcionar seus esforços produtivos e criativos.

2) Definições de prazos gerais
Os prazos são quase sempre surreais, mas, dentro de tal realidade de mercado, não há como fugir disso. Ou você recusaria um excelente job por conta de “somente” algumas noites de sono sacrificadas? Certamente não.
A grande verdade é que o gestor pode fazer a diferença aqui, trabalhando com micro-prazos e mantendo uma equipe integrada.

3) Montar o time
Quais profissionais serão necessários para fazer do job um sucesso? Temos pessoal suficiente aqui, “dentro de casa”, ou precisaremos contratar reforços? Temos bons free-lancers, com histórico de comprometimento com a empresa, que não nos deixarão na mão?
Responder tudo isso de maneira efetiva, escolher e escalar o melhor time de todos: tal é uma das tarefas do gestor.

4) Adequação dos custos
Não é possível contratar todos os melhores profissionais, nem ter as melhores máquinas, nem pagar os melhores salários. Existem limitações muito sérias, via de regra, advindas da verba disponibilizada pelo cliente. Porém, o trabalho precisa ser vencedor, o resultado precisa ser primoroso. Assim, o custo-benefício deve ser corretamente equalizado, dentro de todas as nuances do projeto.

5) Análise do material criado pela equipe
Friamente analisar e mudar rumos criativos conforme as necessidades. Garantir que o produto da criação seja factível, dentro das limitações do projeto. Fazer o papel de cliente junto à equipe, tentando “simular” e prever as opiniões e conceitos emitidos pelo mesmo.

6) Aprovação
Conquistar a aprovação dos lay-outs e mock-ups junto ao cliente. Minimizar o processo de alterações, por meio de condução eficiente da equipe e forte argumentação na defesa das idéias visuais apresentadas.

7) Processos de produção
Definições de mídias que serão utilizadas, cuidados para que o design criado seja reproduzível para o meio ao qual se destina, acompanhamento da produção (do tipo “homem a homem”). Garantir a escalabilidade e a garantia de todas as cópias durante o processo de produção, bem como entregar tudo no prazo correto, definido anteriormente.

8) Análises gerais
A equipe cumpriu todos os prazos? As necessidades foram atendidas? Houve alguma falha no processo? Os profissionais mostraram-se comprometidos? Quais foram os “gargalos” de produção?
A análise oferece um feedback real e serve como ensinamento para projetos futuros.

Conclusão
Ter uma boa gestão é essencial. Saber conduzir um projeto de design, do começo ao fim, com resultados satisfatórios dá à empresa condições reais de grandes clientes num mercado injusto, desleal e concorrido. Fora a qualidade superior nas soluções e conceitos, uma boa gestão separará o joio do trigo, sendo a diferença crucial entre o “sobrinho-micreiro-que-sabe-tudo-de-corel-e-photoshop” e o escritório de design de verdade.