Carreira Dev

10 ago, 2011

A era do “chefe” já era

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Caros leitores, vamos comentar sobre alguns
tipos de chefia, que embora raros nos dias de hoje, ainda encontramos por aí.  Além dos problemas que eles trazem para equipes
e empresas, cito também alguns tipos clássicos e suas características tentando
ver se vocês reconhecem alguns deles.

 A
era do “chefe” já era!

Conversando numa roda de amigos que
trabalham em TI,  entre um papo e outro,  rimos muito sobre situações
que já passamos em nosso dia-a-dia profissional, mas o que me chamou bastante
atenção foi a quantidade de críticas e comentários jocosos sobre a atuação de
determinados tipos de gerentes na condução de suas equipes. 
Inacreditável, mas vi que ainda hoje existem chefias que não perceberam que a
regra do jogo é outra, que a área de TI evoluiu e que tratar os subordinados
como seres inferiores para obter sucesso já era.    

 Ora, por que ainda convivemos com líderes medíocres,
que ainda trabalham com a “cabeça” no século passado? Eles não percebem a
diferença entre ser líder e ser “chefe”, ainda mantém aquela arrogância no
trato com os liderados, não percebem que todos estão no mesmo barco. O sucesso
depende do grupo, com maior ou menor participação de cada um, mas todos 
precisam estar alinhados e focados nos objetivos. 

 Alguns
tipos clássicos

 Dos mais variados estilos de chefia,
podemos exemplificar alguns “clássicos”, bastante conhecidos na área:

  • Aquele que não sabe conversar e
    grita por qualquer probleminha que surja. Parece que tem um botão de controle
    de volume com somente dois níveis, um e dez
  • Aquele que indica
    frequentemente os fins de semana como momento adequado para agilizar o
    cronograma (mas para compensar estas horas vem com aquele famoso discurso do
    “espera aí, não pode abater as horas acumuladas assim tão rápido”)
  • Aquele que é surdo sobre as
    opiniões da sua equipe, principalmente sobre antevisão de problemas e
    replanejamento de atividades (o cronograma foi feito para ser seguido, não é
    pra ficar fazendo mudanças!)
  • Aquele que gosta de dar shows
    de grosseria em público acompanhado de gesticulações extremas, mais parecendo
    um interprete circense 
  • Aquele que tem o espírito
    protetor, só que para alguns afeiçoados. Promoção, aumento salarial, cursos e
    palestras são sempre para os mesmos. E o que é pior, acha que ninguém percebe.
  • Aquele que não planeja nada e
    vai tocando a equipe conforme os “incêndios”, geralmente vêm com aquele papo de
    “temos um desafio pela frente, fulano conto com você para trabalhar após o
    expediente, ok?” 
  • Aquele que gosta de ameaçar a
    equipe sempre por frases, do tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”
  • Aquele que não tem nenhum tato
    com um subordinado. Quando é constatado um atraso no projeto ou nota baixa na
    avaliação, manda logo “se eu fosse você já procurava a sua rede de
    relacionamentos” 

Temerosa deveria ser a empresa que não
percebe o profissional que esta no comando de uma equipe, que mesmo que consiga
algumas vezes atingir as metas e o cronograma planejado, deixa este rastro de
insatisfações entre os membros de sua equipe. Ele é o responsável direto por um
péssimo clima de trabalho, em nada contribui para melhorar a forma de se
trabalhar, nem atuar na evolução da empresa. Ignora as novidades
tecnológicas, abraçando metodologias ultrapassadas como única forma de se
trabalhar, não quer saber de “melhores praticas” do mercado nem de “lições
aprendidas”. 

 Conclusão

Nos dias de
hoje estes tipos de gerentes são muito raros, pois a palavra chave é
colaboração.  Aquele tempo de “chefe” que intimidava a todos, que era
conhecido como o terror do CPD (1) já passou, o foco é comprometimento com
prazo e qualidade, mas tudo dentro do bom senso, com uma equipe unida em torno
de objetivos claros e reais, com acompanhamento frequente, ouvindo a todos, estimulando
a inovação e motivando a equipe.

Hoje o mercado é bastante exigente na hora
de contratar ou promover um gerente, como por exemplo, pontuar por especializações
e certificações, mas não podemos esquecer do lado humano, das relações sociais,
da importância de estar junto da equipe convivendo diariamente com fracassos e
vitorias.

Tremenda figura ainda existe por aí, mas
creio que por pouco tempo, pois acho que é uma espécie em extinção. Mas como
lendas do tipo boitatá e mula sem cabeça, todo cuidado é pouco com ele.

Você teve um chefe parecido ou alguma história desse tipo? Deixe registrado nos comentários ou mande um e-mail. 

Até a próxima!