A Internet é muito social. Tudo hoje se integra com suas redes
sociais. Parece que qualquer serviço tem que aproveitar uma pontinha do
ambiente social que se tornou a web. Ter a capacidade de se comunicar
com muita gente rapidamente pode ser ótimo, ou não.

Com o aumento da popularidade do Facebook, as pessoas já começam a
falar em orkutização da rede social do Zuckerberg. Pessoas que elogiavam
o Facebook agora já estão reclamando. Será que o problema é na
plataforma ou em quem usa a plataforma? A qualidade da rede social está
diretamente ligada às pessoas que estão usando. É possível que o
Facebook se torne a enxurrada de spam que se tornou o Orkut.

É aí que entra a beleza da “amizade” assíncrona do Twitter. Se alguém
quer ter acesso as suas mensagens, isso não implica em você ter acesso às dela. Você pode seguir pessoas para moldar sua timeline com
informações interessantes. Não existe uma obrigação mútua para manter
uma conexão, e isso é ótimo.

Eu sei que o que eu compartilho pode ser extremamente interessante
para uns e um saco para outros. Nunca todos vão ser agradados.

As redes são sociais demais, é aí que começa a “orkutização”. Você
queria ter dois perfis no Orkut para parecer popular, adicionava tudo e
todos, e transformava sua timeline num grande fluxo de informação inútil
para perder seu tempo. A “desorkutização” tem a ver com qualidade, não
com quantidade.

Conhecem a rede social Path? Nela você só pode ter no máximo 50
amigos. O que acontece? Você não sai adicionando todo mundo. O Path não
tem a ver com autopromoção nem com popularidade. Nele apenas
compartilhamos momentos com pessoas mais próximas.

Tudo o que não precisamos hoje é de ruído nas nossas fontes de
informação. Fica muito difícil manter uma timeline limpa numa rede
social e ter muitos “amigos”. Imagina se numa festa todos os seus amigos
estão falando ao mesmo tempo sem parar, e eles são centenas ou milhares?

A possibilidade de se conectar a todo mundo é sensacional e útil, mas não precisamos desse nível de sociabilidade o tempo todo.