Há alguns meses estou querendo tirar da gaveta um projeto focado em curadoria de conteúdo. Ouve-se muito falar do tema pelo mercado, mas poucos praticam e muito menos outros contratam. Paradoxalmente, curadoria é tudo o que algumas marcas precisam para conseguirem colocar os pés (ou reerguerem-se) da selva digital conteudística.

Isso porque como bem diz o inteligente Eli Pariser em seu livro “O filtro invisível – O que a Internet está escondendo de você“, vivemos uma época em que parecemos estar com a mão na massa, mas na verdade somos apenas massa de manobra. Bem, ele não diz isso, na verdade sou eu que estou dizendo. O que Tio Eli nos conta é que os grandes latifúndios digitais de hoje mais aprisionam do que libertam, uma vez que automatizam (ou seja, colocam sob o poder dos algorítimos) as nossas timelines. Leiam o livro.

Dito isso e ciente da importância e da urgência do fato, resolvi modelar o assunto que quero abordar, ou melhor, o corte que pretendo dar no imenso tema “curadoria” no formato de “workshop by posts”, muito praticado lá fora e estranhamente neglicenciado aqui no Brazólio.

A fórmula não é minha (embora eu tenha utilizado em outros momentos ali pelo ano de 2005…) e é muito bem praticada pelo pessoal do Copyblogger (outra recomendação de leitura, principalmente se você é da turma de conteúdo) e acho que se encaixa bem por aqui.

E como funciona?

Toda semana eu publicarei um artigo para iniciar a discussão sobre aquele tema. Este aqui não conta, pois é a introdução, ok? O primeiro artigo da série será publicado na segunda, dia 03/12.

A partir do momento de sua publicação até o surgimento do próximo, então, podemos discutir e debater as questões relativas àquele tema. O mais bacana é que você pode optar em que comunidade/plataforma quer deixar a sua opinião. Além do post e seu campo de comentários, temos ainda nosso grupo no Facebook e a Fan Page, que, claro, terão os posts reverberados por lá.

Sobre o que vamos falar, afinal?

Vou levantar algumas provocações sobre o que é, como e porque fazer e como se faz a tal de curadoria de conteúdo. Fosse eu um arremedo de Carl Sagan, iríamos da célula de sua mão até os confins da galáxia, abrindo cada vez mais o foco, saindo de um projeto pessoal, até indicar grandes projetos aí pelo mundão. Já pensei até mesmo em um rápido sumário:

Artigo 1 – Escolha o seu foco
Apresentamos a diferença entre projetos pessoais e projetos para grandes marcas. Pode parecer óbvio, mas muito profissional acha que pode fazer o que faz em casa na casa do cliente. 

Artigo 2 – Escolha os seus temas
De nada adianta fazer a curadoria sobre “tudo”, pois isso, meu caro, é a web. Assim como não adianta só seguir o meme polêmico da semana, pois ele não se sustenta no tempo.

Artigo 3 – Escolha o seu tom/profundidade.
Cada projeto demanda um estilo e linha de ação, que pode ir do simples agregado ao destilado mais puro.

Artigo 4 – Escolha as suas fontes
Aprenda a eliminar as arestas, pois o grande segredo da curadoria é encontrar, nutriz e saber colher da fonte certa.

Artigo 5 – Escolha as ferramentas
A ideia é fazer a internet trabalhar para você e não se deixar aprisionar por gatilhos que empobreçam o seu conteúdo.

Artigo 6 – A teoria do post único
Esse eu só conto no dia.

Artigo 7 – Conclusão
Um resumo do que falamos, das opiniões de vocês, próximos passos e análise de alguns projetos bacanas.

Então, o que acham? Embarcam comigo nessa?