Marketing Digital

7 fev, 2014

Agências digitais em 2014: cobrar certo entregando resultado ou morrer prometendo

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Se 2012 e 2013 não foram anos muito bons para o mercado da comunicação, 2014 será ainda mais cruel. Copa do Mundo bem no meio do ano, feriados, Carnaval em poucas semanas, férias, eleições e algumas outras datas comemorativas que às vezes nem sabemos por que existem são só um pouco do que vai deixar os profissionais da comunicação digital com seus planejamentos e metas cada vez mais apertados.

Como vender carros, levar mais clientes ao shopping ou vender mais roupas no varejo com tantas datas comemorativas e eventos? Quem vira aluno de uma escola de inglês no mês da copa? Quem comprará carros populares ou imóveis em época de eleição?

Essas são somente algumas perguntas que as agências digitais devem ter em seus quadros de planejamento no início deste ano.

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Como isso se reflete no digital? Simples. Cada vez mais, o anunciante (leia-se cliente) vem sentindo a concorrência acirrada e uma grande mudança no mercado da comunicação e como seu público consume seu conteúdo e campanhas. Isso vem acontecendo por diversos fatores: mensuração em realtime das campanhas, maior tempo de permanência no ar com conteúdo, conversa constante com seus consumidores. Portanto, medir os resultados no digital se torna mais preciso e correto se compararmos ao offline.

Por isso o investimento em digital vem crescendo a cada mês no Brasil. A ZenithOptimedia, do Publicis Groupe, prevê um crescimento de 5,3% no investimento em digital e mobile em 2014. Isso é ótimo em faturamento para as agências, mas devemos lembrar que a cobrança por entrega de leads, conversão em vendas, posicionamento de marca e tantas outras métricas será cada vez maior.

Além das cobranças feitas por conversões que podem ser cada vez mais precisas e reais, é necessário cada vez mais ter um time de profissionais com pensamento estratégico, focado no resultado que cada cliente necessita e determina, talento, criatividade, execução precisa e em quantidade, e uma mensuração real dos resultados. Além disso, é necessário coragem para inovação no digital, algo cada vez mais escasso. Junto de tudo isso ainda existe a velha história de “se é digital, é mais barato, não é?”.

Se as agências necessitam cada vez mais entregar resultados, prometer um ROI e entregá-lo como prometido, precisam de profissionais talentosos e ainda sofrem com a dificuldade em cobrar seus serviços – no final do mês, as contas acabam não fechando. Então a história é simples, as agências digitais e seus gestores terão que aprender a cobrar mais e melhor pelo que fazem e tudo que for prometido deve ser entregue. Caso isso não aconteça, o Sebrae acertou em dizer que mais da metade das empresas fecham e que um dos motivos é não saber cobrar direito.