O HTML5 está a poucos passos de se tornar recomendação do W3C. Seu atual status, em abril de 2013, era de documentação “W3C Candidate Recommendation”. Já estamos familiarizados com a grande parte das novidades que o HTML5 trouxe em relação a novos elementos, atributos e APIs para a evolução da web. Mas que tal dar uma olhada no futuro? O que esperar para as próximas versões do HTML e quais são as ideias e sugestões de novos elementos propostos?
HTML 5.1 Nightly
Essa especificação é a continuação do HTML5, com revisões da linguagem criada pelo W3C. Nessa versão, novos elementos continuam sendo adicionados baseados em pesquisas sobre as práticas de criação predominantes. Uma atenção especial continua a ser dada à definição de critérios de conformidade claros para os agentes do usuário, em um esforço para melhorar a interoperabilidade e garantir a evolução da Web. Em abril de 2013, o HTML5.1 estava em “W3C Editor’s Draft”, ou seja, ainda é um documento que vai passar por revisões.
Existem poucas diferenças ao fazer uma comparação direta dessa edição com a documentação atual do HTML5, mas algumas novidades anunciadas e publicadas nesse draft animaram a comunidade de desenvolvimento. Importante reforçar que, como esse documento ainda é um esboço, essas novidades ainda podem sofrer alterações.
Um elemento para chamar de main
No final de 2012, o grupo de trabalho de HTML do W3C iniciou um trabalho para incluir um novo elemento na documentação do padrão. Durante muito tempo, discutiu-se bastante sobre novos elementos semânticos do HTML5 (article, header, footer, aside etc.), mas não existia um elemento principal para agrupá-los. Quando surgia a necessidade de colocar o conteúdo principal em um container, o desenvolvedor utilizava um elemento div para agrupar esse conteúdo. O objetivo dessa inclusão é dar cada vez mais significado aos elementos da página.
Pois bem, agora um elemento com esse objetivo está sendo discutido e colocado na documentação. O elemento main representa o elemento principal do corpo de um documento ou aplicação. Só deve existir um elemento main na página, e ele não deve ser posicionado dentro de outros elementos como article, section, nav etc.
<main> <h1>Skates</h1> <p>O Skate é uma boa forma de divertir crianças</p> <article> <h2>Longboards</h2> <p>Longboard é um tipo de skate com uma Distância maior entre eixos e rodas. </p> <p>... </p> <p>... </p> </article> </main>
A documentação também aconselha os autores de páginas a utilizar ARIA role=”main” no elemento principal até que os agentes de usuário implementem essa função de forma desejada. Importante lembrar que o atributo role foi publicado como recomendação do W3C em março de 2013.
<main role="main"> ... </main>
Tabelas classificáveis
O atributo sortable é um atributo booleano em elementos de tabelas. Quando presente, indica que o agente de usuário deve permitir que o usuário consiga ordenar a coluna ou linha de uma tabela. Por exemplo, para fazer uma coluna classificável em uma tabela com um thead, a coluna deve ter um elemento th. Já no caso de tabelas sem thead, a coluna deve ter o elemento th no primeiro elemento de tr da tabela, quando esse elemento tr não está dentro de um tfoot. Essa técnica só funcionará se a linha ou coluna não for separada com colspan e rowspan.
Será possível utilizar dentro do atributo sortable o valor reversed, para definir a direção da classificação da tabela quando necessário.
E o que mais pode vir para as próximas versões?
O grupo de trabalho do HTML está em constante discussão e recebe diversas sugestões para serem incluídas na linguagem de marcação das próximas versões do HTML. É possível ter uma ideia de algumas propostas no documento Propostas de Atributos e Elementos para o HTML. Existem diversas sugestões de novos elementos e atributos, desde um elemento para reconhecimento de voz até mesmo um atributo para identificar o download de um arquivo dentro de um elemento de âncora.
Vale lembrar que tudo que foi comentado neste artigo está sujeito a mudanças na documentação e até o momento não foi implementado por nenhum agente de usuário. Tudo isso é parte do constante trabalho do W3C de garantir a evolução da web de forma livre, aberta e contando com a participação da comunidade, não só para a solução de bugs, mas sugerindo novas funcionalidades para essa linguagem de marcação.
Você também pode acompanhar as novidades da evolução da linguagem de marcação pela página do HTML Working Group: http://www.w3.org/html/wg/.
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Este artigo foi publicado originalmente na Revista iMasters. Acesse e leia todo o conteúdo.