DevSecOps

30 jan, 2007

Cresce o mercado para profissionais de BI

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Já faz algum tempo que BI (Business Intelligence) vem ganhando força no mercado e, mais do que nunca, as empresas voltam sua atenção não apenas para as informações operacionais, mas também para a questão estratégica, permitindo tomadas de decisões com maior precisão e menor risco possível.

Como a maioria das organizações dependem da análise de informações estratégicas para se adequar ao mercado, fidelizar e conquistar novos clientes, monitorar concorrentes, ou adequar produtos ao seu mercado alvo, têm a necessidade de um profissional que tenha facilidade em absorver rapidamente as regras de negócio da empresa, transformando a preciosa fonte de informação que são os dados, em forma de relatórios, indicadores ou gráficos, que auxiliem os gestores a tomarem decisões rápidas e seguras, com base nas respostas obtidas pelo BI.

Seguindo esta tendência de mercado e atendendo às demandas empresariais, a pesquisa “Tendências de Investimento em Business Intelligence & Business Performance Management”, realizada pelo IDC (International Data Corporation), indica que 38 das 148 empresas analisadas (todas com faturamento acima de 300 milhões de reais) já têm ou estão instalando o sistema e 29 já têm projetos planejados. A grande vantagem em torno destes sistemas é que eles não custam para as empresas o quanto custaram os sistemas de gestão empresarial (ERPS), nos quais chegou-se a gastar algumas centenas de milhares de dólares.

Estima-se que o mercado de BI deva crescer cerca de 6 anualmente até 2008, segundo a pesquisa. De olho neste mercado estão não só empresas que possuem ferramentas específicas de BI ou BPM (Business Processes Management), e fornecedores de banco de dados, sistemas CRM ou ERP (como Oracle, SAP, Sybase ou Siebel), como também profissionais atentos a esse mercado e que pretendem se especializar nas soluções de BI disponíveis no mercado.

O perfil dos profissionais que buscam qualificação em BI, são pessoas que atuam na àrea de dados e tem a necessidade de formalizar seus conhecimentos. São na sua maioria, analistas e executivos envolvidos no desenvolvimento de aplicações para tomada de decisão e datawarehouses, àreas de informação, marketing, vendas, administrativa, financeira ou operacional.

Alguns tem a visão distorcida e limitada sobre BI, achando que engloba apenas os conceitos de criação de datawarehouses. Por outro lado, existem profissionais que buscam atuar em outras áreas e vêem no tratamento da informação executiva uma possibilidade de desenvolvimento profissional.

Sem aprofundar muito neste aspecto, está claro que o profissional de BI deve aliar os recursos do banco de dados ao conhecimento do negócio, fazendo com que cada vez mais os produtos de BI deixem de ser uma caixa preta, e se tornem um aliado dos gestores da empresa.

Isso faz com que todos os profissionais envolvidos no processo assumam riscos e responsabilidades. No BI tradicional havia a preocupação em levar informações ao usuário final, no atual, tem-se a preocupação de criar a inteligência nos processos do negócio.

O processo básico que está por trás de um BI, é identificar padrões nos dados armazenados, e com base nestes padrões é possível propor análises que possam prever o comportamento de um determinado perfil, seja cliente, produto, período, etc. Com isso é possível extrair informações importantes para a área financeira, marketing, segurança, dentre outras.

Além disso, espera-se que estes profissionais entendam como inferir resultados e comportamentos destes dados, utilizando modelagem estatística, inteligência competitiva, gestão do conhecimento, gestão de projetos, modelos de negócios, EAI (enterprise application integration), além das ferramentas e conceitos usuais de ETL, DW e OLAP. Nem sempre o mercado de trabalho usa formalmente o termo “analista de BI”, mas busca profissionais que tenham capacitação para trabalhar com informação executiva.

Mas esses profissionais ainda têm um caminho cheio de desafios a percorrer. Eles devem ter uma carga de conhecimentos significativa, inclusive para saber como contratar empresas especializadas. Há ainda muitas dificuldades na implantação e integração de sistemas de BI, sendo que a maior dificuldade encontrada, é a questão da integração de dados, as aplicações e a qualidade dos dados.

Muitas bases de dados tiveram origem em organizações diferentes (devido ao grande número de fusões e cisões de empresas) ou foram criadas a partir de migrações de dados de sistemas antigos. Trabalhar dados com problemas na origem pode ser o Beijo da Morte em BI.

Para quem ainda não tem um sistema de BI na empresa, mas pretende implantar, é preciso ter em mente que este sistema não pode ser comprado em qualquer loja de informática. Um BI é construído com base nas características de cada organização. Sua evolução dentro da empresa, depende de sua utilização e aceitação por parte dos usuários, e o principal objetivo é descobrir maneiras diferentes de atuar no mercado e quais as mudanças internas devem ocorrer para atender as novas realidades.

Um sistema de BI, ao contrário dos sistemas transacionais, estão em constante manutenção, pois ao longo do tempo, muitas regras de negócio da empresa podem mudar para atender às expectativas do mercado, e conseqüentemente as regras do BI também precisam ser ajustadas.

Conhecer mais sobre essa tecnologia permitirá à estes profissionais ampliar sua visão sobre o negócio da empresa, propor soluções simples, inteligentes e mais confiáveis. Isto permitirá aos administradores de um sistema BI, maior tranqüilidade e segurança para definirem as metas e adotarem diferentes estratégias para a organização, conseguindo assim visualizarem antes de seus concorrentes novos mercados e oportunidades, atuando de maneiras diferentes conforme o perfil de seus consumidores.

Abraço a todos!