DevSecOps

17 mar, 2009

Ampliando a visão do BI dentro das empresas

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A cada dia vemos que o Business Intelligence (BI) faz-se mais
necessário dentro das empresas, principalmente nesta época de
incertezas e crises financeiras.
Contudo, a conclusão a que chegamos é que as poucas empresas que decidiram adotar alguma solução de BI só conseguem arranhar seu verdadeiro potencial.

Ainda há muito que ser feito nesta área em favor daqueles que esperam transformar o BI num efetivo de conhecimento do negócio, e também no sentido de melhorar as decisões e forças competitivas dentro das organizações.

E como se não bastasse, existem muitas outras limitações e armadilhas que se não consideradas, podem ofuscar e frustar as iniciativas de BI.

Conjunto e contexto das informações

Em ambientes de BI bem projetados com o intuito de apoiar o esforço estratégico dentro das empresas, devemos considerar dois aspectos importantes: conjunto e contexto dos dados.

Nem é preciso salientar a importância para as organizações que as informações disponibilizadas pelas boas práticas de BI desempenham. Porém, é preciso destacar que a informação no contexto correto da tomada de decisão permite ancorar (apoiar e concordar) decisões que se pretende tomar, tanto quanto indicar (apontar) a necessidade de tomar decisões mais adequadas, dentro de um universo de conjuntos e contextos.

A primeira grande dificuldade para muitos é admitir que a essência do BI esteja mais próxima da mente humana do que do computador. Percebe-se uma forte resistência no sentido de pensar e aprender o conceito de BI, frente ao pensar na TI (Tecnologia da Informação) que será utilizada.

Existe é um paradoxo que em minha opinião deve ser quebrado, pois o BI precisa acontecer primeiro dentro das mentes humanas, e ter uma melhor conscientização da Inteligência de Negócio. Isso, em sua essência, nada mais é do que prover necessidades humanas e processuais dentro das organizações.

E, portanto, deveria ser o primeiro e grande desafio de qualquer gerente, equipe ou analista de negócios que está preocupado em melhorar o processo decisório da organização em que trabalha.

Devemos ter em mente que muitas coisas deverão ser planejadas antes de construir um ambiente de suporte à decisão, ou de se pensar em computadores e ferramentas analíticas que serão empregadas. Ainda que estes sejam importantes tijolos desta construção, não podem ser o alvo das atenções.

Não serão os relatórios, painéis de indicadores ou dashboards que farão com que os usuários tomem as melhores decisões. Ter as melhores informações não significa que serão tomadas as melhores decisões. Assim como ter as melhores ferramentas não garante melhores resultados para a empresa.

Não decidir às vezes pode ser uma decisão cara e se mantém invisível por muito tempo. Então quais são os esforços que trarão melhores audiências e o melhor uso dos recursos de BI?

Profissionais mais analíticos

Quanto mais analíticos forem os colaboradores, mais competitiva se tornará a organização. Podemos não ter as melhores ferramentas de mercado, mas se tivermos o melhor uso das informações, poderemos ter empresas mais inteligentes e competitivas.

Então por que muitas das iniciativas de BI não qualificam e tornam as pessoas mais analíticas?

Sabemos que o ponto mais importante do BI é permitir à empresa direcionar seu capital intelectual para a função mais nobre que é o pensar e agir.

Partindo deste princípio, por que então as empresas não se esforçam em dar melhores treinamentos a seus funcionários, e por que não disseminam mais eficazmente as melhores práticas analíticas em seus departamentos com este propósito? Não seria esta uma forma de fazer com que mais e mais colaboradores pensassem e agissem sobre o negócio?

A capacidade analítica das empresas tem se tornado cada vez mais importante, e consequentemente a maioria delas espera que seus colaboradores sejam cada vez mais competentes.

Analisar e agir frente às informações faz parte do dia-a-dia destes profissionais, seja pela velocidade das mudanças, redução do quadro de profissionais, competitividade de mercado e outros desafios contemporâneos.

Muito embora nem todos sejam analistas de informação, ou analistas de negócio, não é isso que toda empresa espera de cada um de nós? Analisar e fazer bom uso das informações tem se mostrado uma habilidade requerida e muito demandada atualmente.

Neste momento, sua aplicação de BI pode estar aparentemente mostrando uma informação correta, mas se ela foi aplicada com um raciocínio incorreto, haverá grande probabilidade de sua decisão produzida ser de baixa qualidade.

Conclusões:

  • Ter as melhores informações não significa que serão tomadas as melhores decisões.
  • Ter as melhores ferramentas não garante melhores resultados para a empresa.
  • A adoção das ferramentas é apenas uma parte da receita do sucesso em BI.
  • Desenvolver o comportamento informacional na empresa é tão importante quanto desenvolver e entregar soluções em BI.
  • Se de um lado é preciso prover ambiente e ferramentas adequadas, por outro é necessário ensinar a empresa a pensar.
  • A experiência das pessoas que utilizam os recursos de BI continua sendo muito relevante ao êxito de qualquer solução de BI.
  • As empresas deveriam investir mais em treinamentos para seus colaboradores com relação à gestão do conhecimento.

No meu próximo artigo falarei um pouco mais sobre BI e a Gestão do Conhecimento, Apegar-se ao que é importante em BI, e O que dizem os indicadores.

Abraços a todos e até lá.

Bibliografia:

Saulo Figueiredo – Gestão do Conhecimento – Estratégia Competitivas
para a Criação e Mobilização do Conhecimento na Empresa – QualityMark
Ed. 2005