No último evento de tecnologia da VivaReal, o Beers & Bytes (no qual participou Sam Lessim), tivemos um Hackaton que estimulou membros da empresa e o público a desenvolver sua criatividade.
Dentre todos os grupos presentes, um grupo, com membros da empresa escolheu a tecnologia wearable e escolheram o Apple Watch. Foram eles, Nelson Vasconcelos (UX Designer especializado em mobile) Antoine Barrault (iOS developer) e Gabriel C. Oliveira (Backend developer). Um time realmente excelente, que em uma noite já tinha um protótipo totalmente funcional do Apple Watch: uma app capaz de realizar tarefas de busca de imóveis com diversas features interessantes.
O processo foi muito bacana. Quando o Nelson me mostrou, fiquei surpreso com a forma como ele fez, sem um Apple Watch à mão e sem uma guideline muito precisa do wearable. Ele improvisou, rodando a app diretamente no iPhone e colocando o iPhone sobre seu pulso para poder sentir a usabilidade e experiência aplicada.
E fica a pergunta, por que Apple Watch? Por que wearable? Estamos já amplamente conectados e agora é o momento da internet das coisas. O relógio, óculos e outros devices que estávamos acostumados a usar de um jeito, agora estão adquirindo funções que vão muito além de olhar a hora ou bloquear os raios solares.
O mundo tecnológico tem avançado a uma velocidade fantástica, e não tem mais porque um UX designer falar que trabalha com web ou com mobile. Ele tem que ser multidisciplinar, ser capaz de trabalhar com qualquer tecnologia, com qualquer tipo de device.
Tenho a convicção de que a cada dia surgirá um novo tipo de device wearable conectado a internet e pronto para desafiar os UX Designers e Desenvolvedores, novos aplicativos, novos recursos, novas experiências. Portanto, acho uma decisão inteligente de um UX designer se antecipar e começar a trabalhar com esse tipo de novidade, pois na nossa área devemos ser Early Adopters; temos que ser os exploradores dessas tecnologias, pois somos aqueles que vamos vislumbrar o que poderá ser feito com elas.
E qual seria o desafio de se trabalhar com novas tecnologias e porque muitos não fazem isso?
No caso, muitas pessoas acreditam que investir em uma nova tecnologia sem saber se ela vai de fato emplacar seria perda de tempo. Mas toda e qualquer tecnologia é inspirativa, explora a criatividade e oferece sempre um novo tipo de ambiente e desafio a ser trabalhado. Então, em vez de ficar colocando impeditivos para trabalhar com uma nova tecnologia, apenas pense nos pontos positivos. Você sempre vai ganhar, sempre terá algum tipo de aprendizado e isso poderá ser aplicado em outras tecnologias diversas.
Pois é a através de algum tipo de limitação, quer seja de code, de tamanho de tela (como é o caso do Apple Watch), que surgem os desafios. É nesse momento que irá exigir o máximo do seu conhecimento e você irá explorar as possibilidades; é quando a criação acontece.
O desafio de se fazer um app para o Apple Watch é obviamente oferecer features complexas a um tamanho de tela menor, então você deve explorar os outros recursos que são oferecidos. Se por um lado a tela é menor, o Apple Watch está sempre ali, com fácil acesso, no pulso do usuário. Dessa forma, favoritar imóveis e notificações inteligentes (como de preço por região etc) parecem ser features essenciais a serem exploradas.
Espero com esse artigo incentivar você, leitor, a ser um explorador de novas tecnologias, de novas possibilidades, pois um mundo wearable está cada dia mais perto. E não sabemos ainda como vamos interagir com a internet daqui 5 ou 10 anos, as possibilidades são fantásticas.
Confira agora o protótipo desenvolvido pelo time da VivaReal para Apple Watch. O aplicativo está sofrendo seus últimos ajustes para ser lançado em primeira mão aqui no Brasil.
Sou suspeito para falar, mas tenho imenso orgulho de trabalhar com o meu CEO, Brian Requarth, porque ele motiva a empresa a seguir sempre adiante, cumprindo a função de ter a visão de futuro.
Deixo então uma frase dele que nos motiva:
“Hoje mais de 37% dos nossos acessos vêm de aplicativos móveis, a previsão é que em 5 anos esta proporção chegue a 80%. Como empresa de internet temos a preocupação de acompanhar a tendência de que a tecnologia mobile faça cada vez mais parte da vida das pessoas e de atuar como um facilitador para que elas encontrem o imóvel ideal de forma simples e dinâmica ”.