Design & UX

16 fev, 2007

Sensação Estética

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Olá Pessoal! Falando novamente sobre estética visual, desta vez vamos tratar de alguns elementos básicos para sua composição.

Assim como dito no último artigo, o uso de diversas técnicas pode ser aplicado ao processo de criação. Não podemos desviar das sensações do espectador perante a obra, independente de qual seja.

Para definir totalmente a estética é preciso falar da relação entre um sujeito e um objeto, juntamente com o estudo do belo. O sujeito possui suas próprias crenças e estas irão influência-lo na interpretação do objeto.

Cada mente pensante é única. Isso permitiu novos questionamentos, pensamentos e julgamentos por parte dos outros pensadores, além de influenciar a sociedade. É aí onde encontramos a preocupação em se agradar a grande massa.

Linhas Horizontais

Quando trabalhamos com linhas horizontais, logo nos deparamos com a linha do horizonte. Exemplo: Em uma praia, a visão dela pode nos trazer a sensação de repouso e quietude, o som do mar soa como musica aos ouvidos.

Esse tipo de sensação depende diretamente do conhecimento do espectador, sua bagagem emocional e cultural ajuda neste processo, se ele gosta de poesias ou é um grande apreciador da boa música.

Esse tipo de sensação pode ser existente quando as predominâncias de linhas horizontais estão presentes. A sensação de espaço e amplitude também pode ser considerada como sinal de liberdade.

Linhas Verticais

Elegância e formalidade são presentes quando estão sendo aplicadas em um trabalho. A sensação de altura é evidente, principalmente pela associação com prédios e construções.

A direção do foguete, o hasteamento da bandeira, o fator queda, etc. Todos estão associados às linhas verticais.

A sensação que as linhas verticais podem trazer com relação à altura é muito presente na moda, assim como as linhas horizontais podem representar facilmente a largura de algo.

Essas linhas representam muito as construções, desperta a memória emocional do espectador aos ambientes em que está acostumado. Igrejas exibem com elegância essas linhas, já que são marco forte em sua decoração.

Junção das linhas verticais e horizontais

Quando apresentamos essas linhas cruzadas, levamos ao apreciador uma atmosfera rude ou inflexível. Elas lembram as grades de prisões e malhas de rede.

A real sensação do que cruza/interrompe, ou o cruzamento de linhas que revelam a cruz, podem ser abordagens significativas para a estética de um trabalho onde o que se vê faz diferença mediante ao que se lê na mente.

Estas associações estão ligadas a diversas culturas. É de costume fazer associações a diferenciados modos: cruzar cheque, animais que cruzam a rua, cruzar o lago.

Com uso disso, podemos ter como referência o ato de cruzar e as linhas cruzadas como ferramenta causadora de estímulos para o espectador.

Percepção Estética

A estética está diretamente ligada, no processo de criação, aos processos internos da mente humana. Pelo lado do artista, podemos analisar sua obra mediante sua visão, sendo esta uma visão do íntimo de seu autor; a conclusão para definição de sua obra é praticamente infinita. Já pelo lado do designer, temos maior facilidade de entendimento do seu trabalho, pois este se mantém direcionado a atender um bem comum.

A percepção visual, que é o produto final da visão, se mostra como um conhecimento teórico, descritivo, relacionado à forma e suas expressões sensoriais mediante a estética apresentada pelo criador.

Psicologia e Estética

Podemos citar a psicologia de Gestalt perante a psicologia experimental, que faz análise de um determinado objeto por sua projeção geométrica, cor, textura, tamanho e formato. Ela se mostra como a junção de partes essenciais, a ponto de expor uma única unidade independente.

Ainda podemos observar na psicologia o “comportamento ou conduta”, relacionado ao Behaviorismo que é nada mais do que a idéia de disposição comportamental ou tendências comportamentais ante a apresentação de objetos.

Isso se mostra nas sensações do espectador mediante ao o que ele enxerga e o que é estimulado, juntamente com processos de tensão ou excitação. Entende-se, então, que é possível o controle das sensações do espectador com uma obra.

A psicologia procura explicar, prever e modificar os comportamentos.

A visão da Psicanálise de Sigmund Freud trouxe grandes avanços, também, para o design devido ao “consciente” e “inconsciente”. Estes são explorados na criação estética de diversos segmentos da moda, indústria musical, perfumaria, embalagens de cosméticos, equipamentos eletroeletrônicos, rótulos, etc.

Muitos elementos estudados na psicanálise são utilizados também na arte, onde se faz referência constante aos sonhos, paixões, instintos e impulsos. O irreal sendo usado frequentemente, a mente não possuí limites.

Princípios de avaliação

Uma avaliação estética pode levar certo tempo. O avaliador deve ter uma cultura estética coesa, dotada de imaginação e bom senso. Ser influenciado pela criação é de grande ajuda, tentar ser influenciado pode ser um erro.

1. Objetivismo: A forma representando a realidade. A natureza do valor estético é que caracteriza o objeto.

2. Subjetivismo: O ponto de vista do observador para com a apreciação do objeto. Todos são livres para acreditar no que quiserem com influência cultural ou não, acreditar no que quer ou deseja.

3. Na junção do objetivismo e subjetivismo: O valor estético está relacionado com sujeito e objeto, o que é material ou o que é espiritual.

Nesse processo de avaliar a estética, tendências e gostos se misturam. Isso faz com que nenhuma forma de avaliação fique fora das influências da estética.

Ainda temos mais coisas a tratar deste assunto… Continuaremos em breve.

Grande abraço a todos!