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Olá Pessoal! Estive um tempinho fora, descansando e colocando a cabeça no lugar, mas já estou de volta. Vamos iniciar o ano com um tema no mínimo interessante: a estética visual.

A estética é naturalmente evidenciada pela filosofia como o estudo direto do belo e da arte. É classificada como o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial, classificáveis em termos de belo ou feio.

Toda produção natural possui seu valor estético e a natureza se mantém no nível mais alto de respeito – mesmo considerando o feito como “feio”. Ela possui seu valor estético respeitável, sem quaisquer questionamentos.

A estética é subjetiva ao espectador. Ele simplesmente gosta ou não gosta de determinada obra, mas, muitas vezes, não sabe dizer o que o incomoda. Esse ponto é bastante discutido por estudiosos que buscam sempre a perfeição no valor estético de uma obra.

Estética das formas

Temos conhecimento que as formas, como composição, definem a criação em um contexto global.

Colocando um círculo branco em um fundo preto, ele causa a ilusão de ser maior do que na realidade é.

Inversamente, se colocamos um círculo preto sobre um fundo branco, o círculo é reduzido pelo vazio circundante que o cerca.

A mesma aplicação pode ser facilmente observada em textos, sendo que percebemos com facilidade oscilação de tamanho em fontes brancas e pretas. Esses espetáculos ópticos que ocorrem com linhas, formas e afins, são do particular interesse da estética das formas.

A pintura também opera em aliança com as formas, que, por sua vez, possui valor estético aceito pelo público em massa ou não.

O estudante e a estética

Muitas vezes o jovem criador se depara com diversas questões relacionadas ao processo de composição e sua estética visual. Ele busca respostas em estudos sistemáticos que impõem padrões de estética e de necessidade do espectador, isto é, fazer exatamente o que o espectador espera encontrar e que não fuja muito de sua rotina.

É fato que a estética influenciou o cinema e a televisão. Elementos antigos empregados em pinturas são utilizados até hoje. Consideramos que todo o conhecimento atual nada mais é que o resultado colhido com o passar dos anos.

A existência dos padrões visuais encontrados em diversos segmentos é importante para dar-se início ao aprendizado e, por assim dizer, inovar e revolucionar com novos princípios e idéias. A moda é um exemplo de imposição do belo, agrada e desagrada. Desagrada por ousar… Mas ainda assim é aceita.

Equilíbrio estético e composição

Todo elemento visual pode ser chamado de massa. Ele deve ter peso e ser atrativo, despertando a atenção do espectador, ainda que não seja a atração principal. Sendo assim, o objeto ou personagem denominado massa não precisa necessariamente aparecer isolado em cena.

Podemos notar, no exemplo abaixo, onde na primeira imagem a massa ocupa tamanho maior em um contexto, que a submete a ser foco das atenções. Na outra figura encontramos diversas massas. Quanto maior o número de massas encontradas em tela, maior é a dificuldade do apreciador em encontrar o foco do contexto.

A segunda imagem perde muito na questão de “compreensão imediata”, mas ela exibe uma ação, a ação evidente do bule. Isso traz o foco para ele, porém não faz com que a imagem se torne menos confusa.

Não devemos nos esquecer que o valor estético da imagem está totalmente ligado à sua composição. Temos, por referência, a separação dos elementos básicos a serem trabalhados:

Corpo – Elemento ou conjunto de elementos de mesmo teor pode ser tratado como a massa de equilíbrio ou foco de atenção.

Espaço – Área onde esses elementos denominados massa serão distribuídos.

A composição de imagem pode ser definida como a arte de arranjar os elementos de uma imagem, de tal maneira que a atenção do telespectador se concentre no centro de interesse.Alberto Kemol

Foco central

Na pintura de Leonardo da Vinci, “A ceia”, observa-se Cristo como o ponto de fuga na perspectiva da imagem. O centro de interesse, embora havendo várias massas, é o próprio Cristo, sendo ele então o centro das atenções.

Com isso percebemos que, mesmo baseando-se em regras formais de estética e composição, podemos dispor de outros recursos para encontrar a harmonia de que necessitamos para o processo de criação.

É importante salientar que tudo o que vimos até agora deve ser lembrado para aflorar as idéias. Prender-se em utilizar apenas um recurso e esquecer de outras vertentes da criação é um erro grave, cometido por muitos… E por muitos anos.

Falaremos mais sobre o assunto no próximo artigo.

Grande abraço a todos!