Carreira Dev

25 mar, 2010

Mulheres empreendedoras

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Quem me conhece um pouquinho sabe da minha devoção aos meus filhos. Hoje quero falar da minha filha Ana Carolina, que além de ser uma princesa, linda, muito inteligente e ter um pai coruja, ela desde cedo mostrou vocação para o empreendedorismo. São diversas idéias de negócios e iniciativas que ela tem no colégio e clube.

Numa delas ela, sozinha, estruturou a produção de acessórios femininos e organizou a venda (inclusive pela internet), coordenando dois recursos: um na produção e outro na comercialização. Poderia passar horas e escrever tratados sobre as iniciativas da Carol, mas prefiro falar de algo que vai afetar muito à ela no futuro: o cenário do empreendedorismo feminino no Brasil.
 
Semana passada realizamos o programa Papo Altex da TV Altex com as Mulheres Empreendedoras (veja em: http://videolog.uol.com.br/video.php?id=526799). É claro que fomos motivados pelo Dia Internacional da Mulher, e foi um momento importante, porque diversas discussões vieram à tona e o assunto foi bastante badalado. Entretanto, essa iniciativa tem que ser diária.

No programa, durante a conversa com a Vanessa Caldas, da Amomuito.com, e com a Ana Gabriela Pessoa, da Ez-Learn, elas falaram do empreender e do empreender feminino, apontaram as dificuldades que as mulheres encontram na atividade empresarial, seja no inicio, na fase nascente da empresa, ou depois, na maturidade do empreendimento.

Além de todos os obstáculos que os homens também enfrentam, como burocracia, taxas, impostos, regulamentações pra lá de esquisitas, uma economia que pouco favorece às pequenas empresas, as mulheres têm que superar o preconceito e a desconfiança.

O empreendedorismo feminino não está limitado a salão de cabeleireiros, nada contra os salões, porém as empreendedoras vão muito além, são articuladas e preparadas e têm noção real do que querem realizar. Eu comentei em um texto anterior  que acho que os empreendedores atuais estão bem mais preparados que em tempos atrás, e quando se trata de uma mulher essa diferença é gritante. É fácil notar como elas conhecem seu negócio, como são capazes de determinar objetivos e traçar estratégias para alcançá-los, isso sem contar a perseverança de superar obstáculos diários. Fiquei, ao mesmo tempo, surpreso e feliz ao saber que existe uma pesquisa que aponta que 52% dos empreendedores no Brasil são mulheres – isso mostra uma quebra de paradigmas e uma nova era surgindo!
 
Lembro que o empreender não significa apenas criar uma empresa, é possível como colaborador dentro de uma instituição/empresa, quem sabe um novo processo, ou uma nova idéia ou ainda um serviço inovador que possa ser implementado? Minha intenção aqui não é nenhuma além de motivar as empreendedoras brasileiras a aparecerem e disseminarem suas experiências incentivando novas empreendedoras. Não se enganem, minha causa é nobre, porém com interesses pessoais, eu quero um mundo melhor e um ambiente de trabalho mais justo e ético para quando chegar o momento de a Carol abrir sua empresa ou procurar uma colocação no mercado.