“Novo tempo, nova fase, conceitos novos, vida nova, enfim… Sempre uma coletânea nova para você!” Isso parece mais um conceito de publicidade, não acham? Novo para cá, novo para lá, mas será que tudo se fez novo mesmo? Parece que a novidade é mais aberta ao nosso conhecimento do que imaginamos. Quando simplesmente mudamos o título do artigo para Miscelânea Criativa da Informação, já foi alterada completamente a semântica da frase e com isso o próprio contexto do assunto também. Neste caso o foco já estaria no caráter “informação” e não mais na “criação”. No mundo contemporâneo somos bombardeados com informações, e nós da área criativa da computação gráfica precisamos aprender e captar um mundo novo a cada dia referente a nossa área, seja com novos “plugins” que estão chegando, novas versões dos softwares, novos conceitos aplicados à ferramenta e à gestão de trabalho, etc.

Chegamos onde a miscelânea deste artigo nos discerne chegar… na quantidade de conteúdos e assuntos que todo artista 3D, embora a base em alguns casos seja o 2D, precisa focar e salientar para sua carreira. No momento estou escrevendo um livro sobre Marketing Relacional e, por mais chocante que possa parecer para a computação gráfica, ele está ligado direta e indiretamente com o conhecimento da arte 3D. Antes de artista 3D sou publicitário, e na área de comunicação publicitária, em uma agência, no departamento de Criação nós temos um Redator e um Diretor de Arte, e se misturarmos os dois em um só, podemos dizer que a fusão se torna um novo departamento, ou nova gestão deste departamento, a da Direção de Criação. Agora, qual analogia que podemos fazer do criativo para o nosso digimundo do 3D? Todas! É verdade, assim como na publicidade precisamos ter uma pessoa ótima na redação, na computação gráfica precisamos ter uma pessoa ótima que goste de fazer: Idéia principal do filme, Story Line, Sinopse, Argumento, Roteiro, etc. Também se na publicidade temos uma direção de arte, no 3D precisamos ter uma pessoa que saiba sobre conceitos de iluminação e texturização, assim como trabalhar com as “formas” e seu ritmo na composição, que são os modeladores e animadores respectivamente.

Mesmo que sua vida possa parar, como aconteceu comigo em determinados momentos ano passado pelo falecimento da minha mãe, isso não quer dizer que a criação parou, que o tempo parou, e se você não tratar de colocar gasolina no seu motor a tempo, você pode ficar parado por um bom tempo… O conhecimento gera algo muito interessante que é a contextualização da informação com o simbolismo do seu subconsciente. Como assim? Como disse antes, a informação se faz necessária para qualquer carreira, para qualquer pessoa, pois precisamos obter uma boa carga de conhecimento e ser especializado em um determinado nicho, com isso, com vários assuntos que se tornam inerentes ao nosso comportamento e caráter, em algum lugar do seu trabalho criativo você também colocará estes simbolismos para fora, para ajudar na criação da sua arte, da sua animação.

Se você parar, literalmente você ficará parado mesmo. Se você precisa de um incentivo maior para ir à frente, tome cuidado! Pense e repense!

Quando somos crianças nossas mães sofrem, pois precisam levar os filhos todos os dias para o colégio para estudarem, para quando crescerem estarem aptos à guerra do mercado. Quando não queremos nos alimentar, nossa mãe vem com o belo Biotônico Fontoura para estimular nosso cérebro e estômago para comer e comer. Chegando na Faculdade somos estimulados a buscar isso de forma mais individual, sem precisarmos nos esforçar para isto, pois afinal somos “gente grande” e já possuímos um senso de responsabilidade. Este é o papel dela, Faculdade, de nos ensinar a andar com as próprias pernas, de estudar sozinho, buscar nossos sonhos.

Mas isso não quer dizer que todo este incentivo maternal e conceitual esteja certo… Pois nós, criadores, não podemos esperar um estímulo externo para assimilar informações, para trazer à tona uma “criação nova”, precisamos captar isso das necessidades diárias, da vivência semântica por meio de livros, artigos, apostilas, televisão… ou seja, tudo aquilo que possa ser usado para alimentar a área simbólica do subconsciente, para assim poder usar juntamente com a informação adquirida, como fazemos no departamento de Criação.

O que aconteceu com este Jingle: “O tempo passa, o tempo voua… e a poupança Bamerindos continua numa boua…”. Mesmo sendo feita por um ótimo departamento de Criação, o tempo passou e ela, Bamerindos, literalmente vuou mesmo.

Mesmo você sendo um animador 3D, procure saber sobre as outras áreas que estão direcionadas direta ou indiretamente com sua área, pois você, com certeza, irá precisar usar em algum momento em seus trabalhos. Use esta miscelânea da informação ao seu favor, ao seu conhecimento implícito. Você só tem a ganhar!