A economia do Brasil atravessou a crise internacional em 2009 com louvor, encarando esta tempestade como apenas uma marola. Um dos fatores talvez seja o fato de a economia do nosso país, e em especial o setor de TI, ser dependente da atuação de pequenas e médias empresas. Ainda bem! As PMEs de TI representam cerca de 90% do setor e são responsáveis por 80% dos empregos. Pois são estas empresas que inovam através da criatividade, competência, flexibilidade e capacidade de solucionar problemas. Este é o perfil do empreendedor brasileiro.
Entretanto, agora é hora de nos consolidarmos e nos afirmarmos internacionalmente como um importante player. Neste momento o setor de TI vem crescendo e respondendo significativamente a favor na balança comercial brasileira. O processo de internacionalização, como todas as outras decisões estratégicas de uma pequena empresa de TI não é fácil, pois, além de tudo, existe escassez de recursos. No caso de pequenas e médias empresas, o segredo do sucesso está na elaboração de um modelo ajustado para seu porte e perfil de atuação. É muita falta de imaginação importar modelos de atuação de outros locais. A realidade de outros “atores” da TI mundial é diferente, pois se estruturaram e se prepararam para se tornarem exportadores de código. Ora, enquanto ficarmos correndo atrás de um modelo igual ao deles, estaremos sempre atrasados e, conseqüentemente, com baixa competitividade. Nosso cenário, nossa realidade, é bem diferente. Temos dois diferenciais relevantes que devem ser aproveitados: o conhecimento e a experiência. Não podemos cair na armadilha de criarmos “fábricas de escriturários de códigos”. As empresas brasileiras têm conhecimento e experiência a agregar, e é aí que podemos atuar e ter boas oportunidades.
Uma estratégia interessante, que vem sendo adotada por várias empresas, é licenciar produtos no exterior como serviço através de parcerias. Com isso, cria-se um crescimento gradual que, além de contribuir para o aumento de massa crítica, poderá ensejar um planejamento em bases sólidas, gerando empregos e desenvolvimento.
O que precisamos agora são de decisões ágeis e de uma política fundamentada para alavancar a atuação internacional da TI do Brasil para participarmos como protagonistas no mercado mundial. Por hora é importante ressaltar e parabenizar a competência, o pioneirismo e a inovação das empresas que já atuam internacionalmente e que vão conquistando o respeito mundo afora.
Veja a Missão NY de 2009:
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Carreira Dev
4 fev, 2010
Mercado externo para PMEs: uma boa oportunidade?
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