Carreira Dev

17 jun, 2010

A revolução do consumidor

Publicidade

O século XXI chegou e trouxe com
ele uma mudança radical no modo como fazemos negócios, nos relacionamos
em grupo e divulgamos idéias e produtos. Modelos de negócios que até o final do século passado funcionavam bem estão sendo colocados
em xeque pelos consumidores que não mais querem ser vistos como números. Afinal, o que vem ocorrendo que velhas fórmulas não funcionam
mais como antigamente?

A simples democratização do
conhecimento. Por séculos, os grandes centros urbanos foram os
responsáveis por reunir os pilares conhecimento e mentes afins, para a produção da maioria dos avanços artísticos, filosóficos e
tecnológicos que a nossa sociedade já produziu. Hoje, a internet
consegue juntar de forma magistral a geração e a armazenagem de
conhecimento com a reunião virtual de pessoas ao redor do mundo.

Nesse novo contexto, a figura do
consumidor passivo do século XX dá lugar ao cidadão do terceiro
milênio, que, cada vez mais móvel e conectado, obtém, em um clique, as informações que desejar. Assim, nesse novo mundo, velhos modelos de negócios, tais como algumas profissões, terão que ser revistas ou
simplesmente desaparecerão.

Ao diminuir vertiginosamente a distância entre os “especialistas” e o público, a internet propiciou
ao último a vantagem da informação que antes era  exclusiva do
primeiro. Com essa vantagem, as figuras do vendedor e da publicidade
barata simplesmente perdem a força.

Esse novo cidadão descobriu  que, se
quiser, tem o poder de aumentar ou destruir a reputação de uma marca
com extrema facilidade. De posse dessa noção, mais do que nunca, ele
impõe às empresas de todos os segmentos, que elas sejam moralmente corretas e exercitem sua responsabilidade socioambiental.
Empresas pioneiras, como a Coca-Cola e a brasileira Natura, já
entenderam a mensagem e estão se reinventando.

No livro Freakonomics (2005), de Steven Levitt, o autor menciona que o moralismo representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse,  enquanto a
economia representa a forma de como ele realmente funciona. Se isso é
verdade, hoje temos a possibilidade real dentro do aspecto econômico atual –  de moldarmos o mundo tendo como base valores
sociais.

É o renascimento da “mão invisível”,
de Adam Smith, que orienta o mercado através da interação dos indivíduos. Com a diminuição da assimetria das informações – o fato de alguns saberem mais do que os outros, a idéia cunhada no célebre A Riqueza das Nações (1778), ganha mais força do que nunca.

Enfim, Gutenberg, com a criação da imprensa em 1439, lançou as bases materiais para a moderna economia
baseada no conhecimento e na disseminação da aprendizagem em massa, o
que nos trouxe ao que somos hoje. Daqui para frente, a questão é: como você está colaborando para construir a nossa economia de amanhã?

Fica aqui o desafio.