Tecnologia

27 jan, 2023

Novas ferramentas apoiam desenvolvedores no trabalho híbrido

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O trabalho remoto, ou híbrido, já está presente na vida dos desenvolvedores há bastante tempo, muito antes da realidade que a pandemia do coronavírus trouxe para outras profissões nos últimos anos. Atualmente, com a consolidação destes novos modelos de trabalho, a tendência é que seja cada vez mais raro que os profissionais dessa área voltem a trabalhar presencialmente. No entanto, a questão da produtividade, preocupação de muitos gestores, também afeta, de alguma forma, os devs. Segundo o Relatório Pulse do Índice de Tendências do Trabalho, da Microsoft, divulgado recentemente, apesar da maioria dos colaboradores (87%) acreditarem estar mais produtivos, a maioria dos líderes (85%) ainda se preocupam se o modelo de trabalho à distância está funcionando.

Ainda segundo o estudo, os líderes precisam dar mais clareza e alinhamento das metas da companhia, eliminar o trabalho desnecessário que não apoiam essas metas e precisam escutar mais os seus colaboradores. E, apesar do relatório não trazer um recorte específico para os desenvolvedores, o que sabemos é que a paranoia da produtividade também pode ser uma questão para os devs, especialmente quando há uma questão relacionada à ferramenta de trabalho. Isso porque o computador de um profissional que trabalha com codificação precisa ser uma máquina de alta performance, que garanta uma boa qualidade e alta produtividade. E sabemos que nem sempre isso acontece, principalmente no ambiente remoto.

Questões como segurança também pode ser um gargalo no trabalho híbrido, pois um desenvolvedor acaba acessando o ambiente corporativo para a codificação e isso pode ser uma porta de entrada muito perigosa para ataques cibernéticos.

Além disso, muitas empresas terceirizam o desenvolvimento de aplicações e não é possível monitorar o acesso dessas máquinas aos sistemas da companhia, trazendo riscos, como entrada para vírus ou malwares, ou, até mesmo, roubo de parte do código-fonte em desenvolvimento. Como resolver, então, essas questões de produtividade e segurança dos desenvolvedores nessa nova realidade do ambiente híbrido ou, em muitos casos, totalmente remoto?

É aí que surge uma tendência de uso de máquinas virtuais (MVs) que já é uma realidade para os desenvolvedores, mas agora com uma novidade interessante que vai atender tanto a expectativa do colaborador, de performance, quanto da empresa, com mais produtividade e segurança.

Trata-se do Microsoft Dev Box, uma nova tecnologia que já está disponível em algumas regiões do mundo em caráter prévio, com recursos para teste gratuito. A ferramenta conta com novas aplicações que fornece acesso, por meio da nuvem, a MVs de alto desempenho, já pré-configuradas, que contribuem para que o desenvolvedor tenha em suas mãos o que existe de melhor em termos de hardware e software para que ele execute a sua tarefa da melhor maneira possível, com máquinas mais potentes, de onde ele estiver.

É como se o profissional recebesse um equipamento cada vez que o fabricante lançasse um novo produto, mas sem nenhum custo adicional – a não ser os serviços já contratados junto a um provedor de nuvem – para ele ou para a empresa. Z

Entre as principais vantagens dessas ferramentas estão a possibilidade de usar “vários computadores” para realizar diferentes tarefas, com recursos podendo ser executados em segundo plano enquanto uma outra MV inicia uma tarefa mais complexa. O acesso remoto– de qualquer máquina e com qualquer sistema operacional, seja ele Windows, Mac ou Linux – também é uma vantagem interessante para os desenvolvedores, que podem trabalhar de qualquer lugar.

Outro ponto vantajoso é a questão do controle e redução de custos, fundamentais em qualquer empresa atualmente. Isso porque haverá substancial economia com a funcionalidade, sem que haja a necessidade de compra de máquinas específicas para os desenvolvedores – que são bem mais caras do que os PCs de uso pessoal, ou mesmo o que a maioria utiliza no trabalho – por conterem ferramentas específicas para o trabalho do desenvolvedor.

Além disso, caso o profissional tenha uma máquina que comece a apresentar lentidão ou pare de funcionar -, não será preciso trocar o equipamento, bastando que ele peça um “upgrade” na MV e, novamente, sem ônus para a companhia, uma vez que o desenvolvedor só precisará avisar a quem administra o serviço de nuvem que vai precisar de mais recursos para executar a tarefa.  Por fim, mas não menos importante: essas ferramentas são extremamente seguras.

Quem nunca passou por um processo de pensar duas vezes em contratar um desenvolvedor para a empresa, que utiliza sua própria máquina, com medo de infectar a rede com um vírus? Esse problema acaba quando o profissional está utilizando a MV, isso porque, em caso de infecção de um computador, há a possibilidade de isolá-lo a e ajudar o usuário a trabalhar em uma nova interface, sem que o sistema da companhia seja impactado. A companhia não terá mais o receio de saber se o profissional está com o antivírus ou o sistema atualizado, reduzindo os riscos de algum problema de segurança.

Outro recurso importante para os profissionais da área é que, caso a máquina física apresente algum problema técnico, o desenvolvedor não precisará executar programas ou reconfigurar uma máquina para recuperar os arquivos e/ou programas e softwares, uma vez que tudo estará disponível na nuvem e protegido. Basta o dev acessar a MV, por meio da nuvem, de outra máquina, economizando tempo do desenvolvedor, que antes levaria de um a três dias para configurar novamente uma máquina para dar continuidade para o seu trabalho.

Diante de todos esses benefícios, o trabalho do desenvolvedor ganha agilidade e velocidade necessárias para produzir os seus códigos ou aplicações e, consequentemente, aumentando a produtividade no trabalho, além de ter qualidade de vida que os modelos híbrido ou remoto oferecem – certamente um dos muitos diferenciais para a retenção de talentos em um contexto cada vez mais competitivo.