Os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) já são uma arma indispensável para paralisar sistemas de rede em meio à guerra cibernética que vivemos. Ofensivas como HTTP/2 Rapid Reset e SLP, surgem constantemente. Em meio ao cenário, tanto criminosos, quanto defensores, lutam diariamente por inovação a fim de descobrir novas estratégias para sair ganhando.
O DDoS não é mais limitado aos ataques tradicionais à camada de rede. Eles se estendem à camada de aplicação e de reflexão. Por meio de novas mídias, como dispositivos IoT e servidores virtuais privados, os hackers seguem aumentando a complexidade dos ataques, e tornam a detecção e a resposta cada vez mais difíceis.
Como exemplo recente temos a guerra entre Israel e a Faixa de Gaza, na qual os grupos cibercriminosos que utilizaram o DDoS não agiram de forma independente. Àqueles com interesses comuns se uniram em prol de interesses partilhados para aumentar o poder ofensivo frente ao conflito.
O ataque deixa de ser o esgotamento direto de recursos para uma estratégia inteligente. Isso significa que o invasor pode selecionar ou predefinir de forma adaptativa o caminho da estratégia de acordo com o ambiente do alvo e ajustar o modo e o comportamento mais adequados.
Diferentemente das ferramentas de ataque iniciais, os inteligentes não executam apenas as etapas em uma sequência predeterminada, como também ajustam dinamicamente a estratégia de acordo com a situação em tempo real, de modo a economizar recursos e contornar os mecanismos tradicionais de detecção e defesa, maximizando o efeito do ataque.
DDoS
Um ataque DDoS inicial pode servir apenas como um reconhecimento para conservar os recursos e preparar o terreno para ofensivas subsequentes mais precisas. Na escala de utilização de meios, após hosts e botnets, os invasores têm como preferência servidores em nuvem dedicados – Servidores Virtuais Privados (VPS), originalmente projetados para permitir que pequenas empresas criassem aplicativos de alto desempenho a um custo menor, como fonte para gerar o ataque.
Durante muito tempo, grandes botnets se fundamentaram principalmente em dispositivos IoT, como roteadores, impressoras e câmeras, para realizar ofensivas. No entanto, com o poder de processamento limitado e a necessidade do tráfego gerado por centenas de milhares ou milhões de unidades para danificar um alvo, os invasores expandiram o uso para os VPNs fornecidos por provedores de serviços em nuvem.
Com maior desempenho computacional e largura de banda de rede mais poderosa, essas redes podem ser compradas ou invadidas para construir novas botnets. Além disso, há indícios de que o DDoS está gradualmente se tornando a evolução de ameaças persistentes avançadas e ataques de Ransomware.
Cada vez mais, os ataques DDoS têm como função distrair as equipes de segurança para estragos maiores, somente como uma cortina de fumaça. O objetivo não é causar apenas uma simples perturbação na rede, mas confundir e desviar a atenção para a sua superfície, criando condições favoráveis para penetrações mais secretas e direcionadas.
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