Fala pessoal, tudo certo?
Hoje irei escrever sobre este tema que é muito bacana e que ainda não está totalmente difundido na comunidade de desenvolvimento de software.
Migrations
Basicamente consiste em manter o versionamento da base de dados de uma aplicação e realizar sua manipulação através do código, possibilitando o compartilhamento de todo o seu histórico de alterações.
Isso facilita muito a vida de qualquer equipe de desenvolvimento, uma vez que torna possível alterar o schema da aplicação apenas com a execução do código responsável por isso, que também é versionado e compartilhado com o resto do projeto.
Phinx
É um componente que torna o gerenciamento de migrações algo ridiculamente fácil (palavras da própria biblioteca) e portanto iremos utilizá-lo.
Existem diversas opções de bibliotecas com este mesmo propósito e geralmente os frameworks já carregam consigo um componente para essa finalidade. Por exemplo: O Phinx é um projeto do Rob Morgan e inclusive já vem “embutido” como padrão no framework CakePHP.
Instalando e inicializando o Phinx
composer require robmorgan/phinx
Configurações
Em primeiro lugar, execute o comando abaixo:
vendor\bin\phinx init
Um arquivo .yml
será criado no diretório raiz da projeto e é nele que você deverá definir o diretório onde serão geradas as migrações, bem como as credenciais de acesso ao banco de dados.
Na linha 2
do arquivo phinx.yml
defina o diretório das migrations:
migrations: '%%PHINX_CONFIG_DIR%%/db/migrations'
Então crie essa estrutura de diretórios:
Em seguida, configure o acesso ao banco de dados:
Lembrando que estes dados são dados de exemplo e você deverá informar as credenciais de acesso de acordo com a configuração do seu projeto.
O Phinx oferece três “ambientes” de execução, sendo eles: production, development e testing. Você pode definir qual deseja utilizar na linha 7 do arquivo phinx.yml
através da flag default_database
.
Criando uma migration
vendor\bin\phinx create CreateTasksTable
O comando acima irá criar um arquivo no diretório db/migrations
com a estrutura base de uma migration. Como o nome da migration sugere, iremos escrever o código responsável por criar a nossa tabela de tarefas (tasks) e definir os seus atributos.
Para isso, iremos alterar o método change()
com o seguinte conteúdo:
$table = $this->table('tasks');
$table->addColumn('description', 'string')
->create();
Na linha 1
definimos o nome da tabela. Já na linha 2
, adicionamos a coluna description
e na linha 5
, invocamos o método create()
, responsável por de fato realizar as alterações no schema.
Executando
vendor\bin\phinx migrate
No console, você deve obter este resultado:
E sucesso! Vejam como de fato as alterações foram realizadas na base de dados:
Caso de uso
Desenvolvimento local:
Sempre que houver qualquer alteração no schema do projeto, a equipe deverá obter as migrations (que são versionadas com o restante do código) e os desenvolvedores, apenas executando o comando vendor\bin\phinx migrate
, terão todas as alterações repassadas para sua base local, maravilha não?
Deploy:
Uma prática bastante utilizada no processo de implantação de aplicações é definir em uma pipeline a execução das migrations, dessa forma é possível manter o schema de produção sempre atualizado sem a necessidade de acessar o banco de dados manualmente.
Observações
Percebam que o campo id
foi criado automaticamente pelo Phinx sem que fosse necessário eu informar isso no código da migration.
Existem diversos métodos que podem ser utilizados para manipular schemas com a finalidade de criar e renomear tabelas e colunas, definir foreign keys e outros, além de existir a possibilidade de realizar consultas, inserir dados e até mesmo executar SQL, se necessário.
Sugiro fortemente que acessem a documentação oficial do Phinx para descobrir todas as possibilidades de uso e aprender sobre tópicos avançados deste incrível componente.
Rollback
É possível reverter as alterações realizadas no seu schema, para isso basta executar o seguinte comando:
vendor\bin\phinx rollback
Conclusão
Sem dúvidas o uso de migrations facilita a manutenção de bancos de dados em projetos de software, agregando o poder do versionamento e compartilhamento de código já difundidos em nosso cotidiano.
Espero de verdade que este conteúdo tenha colaborado com seu aprendizado e até a próxima!