Marketing Digital

9 jul, 2010

Nem monólogo nem diálogo: sua empresa está é falando sozinha na web 2.0

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Depois de tanto tempo acostumadas ao período de monólogos, agora as empresas estão correndo desesperadamente atrás do tempo perdido através de diálogo com seus clientes, fornecedores,
colaboradores externos e internos e, principalmente, o diálogo com ela mesma.

Tão prejudicial quanto manter uma
via de mão única é estabelecer uma avenida com três, quatro ou cinco faixas sem o menor
planejamento, sem estruturas básicas e rascunhos pré-estabelecidos caso
tudo venha a dar errado.

O monólogo, que por um longo período comandou toda a hierarquização de corporações, mercados e consumos, criou nas
empresas um vício extremamente perigoso. O erro se projeta em um afobamento em
aderir todos os novos canais de mídias, principalmente as redes sociais, exteriorizando
uma fraqueza institucional gravíssima, que por muitas vezes deixará sequelas profundas.

Concordamos que o diálogo é essencial no
digimundo empresarial de hoje, mas ao sair de um espaço-tempo-estrutura e entrar
em outro contexto sem o menor pudor é colocar desnecessariamente em risco todo
um trabalho de imagem institucional e comercial, seja offline ou online.

Somente aderir contas em redes
sociais ou mídias sociais, às cegas, é como entrar na rodovia na contramão. A precariedade
e a precocidade com que muitas empresas estão modificando suas plataformas para
o modelo digital é, em grande parte, responsabilidade de grandes agências de
mídia comunicacional.  

Números maquiados, fantasmagóricos e sem a
base necessária para a aplicação em diferentes contextos são apresentados às empresas, porém cada
corporação apresenta uma realidade cultural, financeira e estrutural totalmente
diferente das demais. Na época da bolha, todos falavam como
sinônimo de internet a criação de páginas pessoais ou profissionais na web. Hoje associam muito a internet às temidas e clamadas mídias sociais. 

Para começar: mídia social não é sinônimo de internet! Se sua empresa tem um site
institucional e possui alguns canais em redes sociais, isso não significa que
ela é uma empresa 2.0. Para ficar bem claro, uma empresa 2.0 se
baseia muito mais em sua estrutura de pensamentos e capital humano do que os
perfumes que ela usa no Twitter ou no Facebook.

Muito cuidado ao sair do monólogo
para o diálogo. Muito cuidado ao abandonar o “convencional” para aderir ao “digital”. Sua empresa
está tão impetuosa em falar com todos e em diversos canais que ela pode acabar falando sozinha, seja no Twitter ou no Facebook. Nem o eco consegue acompanhar.