A cada dia me convenço mais que o E75 foi a minha escolha perfeita.
A câmera e o design compacto são melhores que a do best-seller E71, e o
teclado e o touchscreen do N97, que não me agradaram, foram
dispensados. Junto com o teclado bluetooth da Nokia (foto acima),
aposentei o netbook.. Leia aqui as primeiras impressões e o que foi considerado na hora de fazer a escolha.
O melhor do E75 é que a Nokia aprendeu a lição e parou de fazer, na
série E, aquelas câmeras toscas e mediaplayers estranhos, com fones de
ouvido proprietários e ruins, só porque a “série E é de cunho
corporativo”. Meu E65 era ótimo, mas a câmera era péssima e o áudio,
mono. Ora bolas, por que um executivo não poderia ouvir uma musiquinha
numa viagem de avião, por exemplo?
Para nossa felicidade, o E75 está bem servido com um plugue de áudio
para usar com fones de ouvido comuns. Também uso com fone de ouvido
bluetooth numa boa. E parece mesmo que a Nokia quer se redimir nesse
aspecto, já que veio até um aplicativo de rádio online.
O mesmo vale para a câmera. Ainda que o objetivo primário de um
aparelho para trabalho não seja tirar fotos, atualmente é muito prático
fotografar notas, bilhetes, recibos e escanear cartões de visita. Para
isso não é preciso uma câmera de zilhões de megapixels. Basta uma
resolução suficiente (3.2 MP é ótimo) e uma macro decente. O flash nem
é lá tão importante. Estou satisfeita de poder fazer fotos de papéis
diversos e, dali mesmo, mandar rapidinho para o Evernote por email.
Design e teclados
O E75 tem um aspecto robusto, em metal, segue a mesma linha do E71 e dá uma boa empunhadura na hora de digitar ou fazer fotos.
O grande chamativo dele é, sem dúvida, o fato de ter 2 teclados. O
alfanumérico padrão, quando está fechado, e o QWERTY deslizante, que
fica escondido. Ao abri-lo, a tela fica na horizontal automaticamente.
Como usarei também um teclado bluetooth externo, configurei para que a
tela girasse sozinha quando estivesse na horizontal, mesmo sem o QWERTY
aberto.
Ter um teclado QWERTY não era importante na hora da escolha, mas
fiquei tão ambientada com o do E75 que hoje o uso com frequência.
Aliás, para tudo, até mandar SMS. Os botões são grandes, a acentuação e
os caracteres especiais (azuis) são feitos muito facilmente e a
agilidade que se ganha logo no primeiro dia é incrível. Acho que é o
primeiro QWERTY que gostei de verdade, cujo uso é fácil e não deixa o
aparelho gordo. Nem com os de Windows Mobile eu tinha me saído tão bem.
Essa dualidade de teclados combina com os “perfis de uso”, presentes
também em alguns antecessores da série E. O objetivo é alternar entre
perfis de uso corporativo e pessoal. Você poderá configurar duas telas
principais diferentes, com wallpapers e atalhos também diferentes.
Com o aparelho fechado, dá para fazer ligações, ler SMS, espiar o
calendário, ligar/desligar o bluetooth e ativar/desativar o modo
silencioso, acessar menus e aplicativos. Dá até para usar o T9 e
escrever alguma coisinha. Você só precisará abrir o teclado deslizante
quando for realmente escrever bastante.
Pegando no batente
Apesar de o objetivo ser abrigar meu plano pré, deixando o pós com
dados no iPhone, estou pensando seriamente em abrigar o pós no E75,
virando meu smart principal para navegação. E quando precisasse usar o
iPhone na rua (para o iDisk, ou RSS, por exemplo), eu compartilharia a
conexão dele via JoikuSpot. Motivo: a bateria, que era o meu maior
medo. Para uma profissional itinerante, bateria fraca como a do iPhone
não dá! Com o E75 navego à vontade durante o dia, faço fotos, digito no
teclado bluetooth, e ele ainda chega no fim do dia com fôlego sobrando.
Quando exijo menos dele, a bateria segura 3 dias tranqüilamente.
Por enquanto, nessa fase de experimentação, alterno os chips da Oi e
da Vivo, e até nisso o E75 não me dá dor de cabeça. Não precisa
configurar nada, é só colocar o chip e ele já sai navegando na rede. Se
tiver uma rede wifi disponível, é nela que ele vai se conectar antes.
Outra lição que a Nokia aprendeu: carregar a bateria via cabo USB. Aleluia! Uma tralha a menos para levar na bolsa.
Procedi às instalações básicas – Opera Mini/Mobile, Handy Calendar,
JoikuSpot, Nimbuzz e Wordmobi. Mandei atualizar o Quickoffice, que,
gratuitamente, tornou-se o Quickoffice Premier 6, para ler e editar
documentos do Office. Instalei o aplicativo do teclado sem fio. O
aplicativo de downloads também se transformou na Ovi Store. Configurei
o Nokia Messaging com minhas três contas em poucos segundos. E pronto, já
saí para a rua com ele, trabalhando.
Instalei também o Google Maps e alguns mapas do Ovi Maps, embora não vá usar GPS. É mais para testar mesmo.
A dupla E75 + teclado bluetooth está dando conta do recado na hora
de digitar meus textos. Mas se eu precisar, posso usar meu laptop
conectado a ele, como modem, sem problema algum. Tanto em PC, como em Mac.
Sincronismo
Como agenda, contato e tarefas eu gerencio pelo iPhone, com o
MobileMe, esses itens não são importantes para mim. Mesmo assim, senti
falta de um aplicativo de sincronismo com o Mac, para documentos,
fotos, pastas de documentos e mídia em geral. O iSync nativo do Mac só
sincroniza Calendário e Contatos. Estou experimentando o Missing Sync –
em outro post contarei como ele está se saindo, pois também estou
testando as versões para Windows Mobile e Blackberry.
Quem usa PC pode sincronizá-lo com o Outook, ou na “nuvem” com Exchange, Ovi ou Google Sync (basta instalar no aparelho o Mail for Exchange, gratuito).
Itens que vieram na caixa
Lembra que eu comentei que não entendia quais padrões a Nokia usava
para definir os itens da caixa em cada modelo? Não faz sentido algum um
aparelho do porte do N97 vir sem cabo de vídeo. Também é estranho
alguns E series virem sem carregador veicular. Mesmo entre aparelhos do
mesmo modelo, os itens da caixa podem variar. Vejam as fotos abaixo:
O aparelho que comprei, na Nokia Store (em parceria com aquela loja
submersa), veio com carregadores de tomada e veicular, cartão microSD
de 4GB, fone de ouvido padrão, cabo microUSB, capa protetora de veludo,
fone de ouvido bluetooth (!) e uma mochila de brinde.
Um conhecido comentou comigo que alguns itens são retirados em
modelos que vão às operadoras, para serem vendidos subsidiados. Os
aparelhos comprados no varejo, desbloqueados, trazem mais coisas. Será?
Alguém pode me comprovar isso?