Estive por alguns dias testando o Dell Inspiron mini 9, o pequeno
(notável?) netbook da Dell, com tela de 8.9”. Se você estiver a fim de
comprar um desses notes pequenos, veja abaixo um minivídeo, uma
minianálise, junto de alguns prós e contras.
O minivídeo
A minireview
O Dell Inspiron Mini 9 (ao qual vamos chamar carinhosamente, de agora em diante, de Mini)
foi lançado no Brasil há mais ou menos um mês (apesar de mal ter
chegado a várisas lojas), e serviu para mostrar que a Dell, uma das
maiores fabricantes de PCs do mundo, não ficaria de fora da festa dos
netbooks, que começou com o Eee PC em 2007 e fugiu do controle desde
então. É difícil para a maioria das pessoas saber o que exatamente
diferencia esses computadores. A plataforma é padrão: processador Intel
Atom N270, 1GB de RAM, sistema Windows XP Home Edition com tela de
8.9”. No caso do Mini, o preço vai de RINSERT:CONTENT:ENDnbsp;1.399 (versão de disco com 8
GB SSD) a RINSERT:CONTENT:ENDnbsp;1.699 (com modem 3G integrada e disco de 16 GB em SSD.
(nos EUA há a opção de disco de 32GB)
Em termos de performance, o Mini funciona bem para o uso cotidiano.
Abre rapidamente os programas do pacote Office (BR Office, demora bem
mais), surfa pela internet sem maiores problemas. Se você desse isso
para uma tia sua que não mexe muito em computador, ela não notaria a
diferença. Ele até consegue ver vídeos em 720p, desde que estejam em
.avi ou .mov, sem engasgos. Experimente algo que envolva um codec mais
elaborado, como um vídeo em .mkv, que a coisa não funciona. Ele também
engasga quando vai abrir um zip maior, por exemplo (demorou 1’15” para
abrir um arquivo de 100 mega). Em suma, o que for exigir muito de
processamento o minúsculo Atom não segura muito a onda. Mas 99% do
tempo você não fará isso. Não é o propósito deste netbook. Da mesma
forma, esqueça jogos, a não ser abandonwares e emuladores.
Ok, eu sou um pouco exigente demais nesse quesito. Mas jogos não tão
exigentes (ou boa parte dos pré-2005), em 800×600, com tudo desligado,
são bem jogáveis – cerca de 20 a 30 FPS. Os jogos que testei (Spore,
Company of Heroes e C&C3) não rolaram. Mas há vídeos de World of
Wacraft rodando nele, bem razoavelmente. Se você aumentar a memória para 2GB, upgrade que estranhamente a Dell não oferece, o Mini vira uma plataforma de games mais decente.
O design dele é sólido, e por fora o Mini é uma graça – com bom
acabamento. O SSD e a falta de peças móveis faz com que ele opere bem
silenciosamente. Ele é realmente pequeno, e cabe nessas bolsas grandes
de mulher ou em qualquer mochila. Você pode digitar em basicamente
qualquer lugar, a não ser por um problema: as teclas são bem escuras e
a luz do monitor não ilumina o teclado decentemente. Como não há uma
iluminação no chassi, como em alguns outros notebooks, fica impossível
digitar aquela resenha enquanto você está no cinema. É realmente
difícil, especialmente com o tamanho do teclado (mais visível no vídeo).
No fim das contas, o Mini é bom para o que se propõe, mas nada
espetacular como o que aparentemente virá com os novos combos Atom com
plataforma nvidia Ion. Ele tem as duas coisas fundamentais em um
notebook: portabilidade e conexões, com 3 USB, modem 3G* e wi-fi (a
terceira coisa essencial, tempo de bateria, não é fantástico mas não é
ruim também). Pessoalmente, ainda acho que R$ 1.400 para o modelo mais
barato é muito. A garantia nacional (e o bom suporte e vendas que a
Dell tem no Brasil) talvez valha, mas honestamente eu preferiria o
preço (US$ 349) e o teclado americano – qualquer duas teclas a menos
faz diferença aqui. Eu não consegui me acostumar mesmo com o tamanho
diminuto das teclas, e a obrigação de coisas como o cedilha dificultam
tudo. Será que é alguma imposição? Os teclados não poderiam ter menos
coisas? Para debater mais pra frente: que teclas poderiam ser tiradas
dos netbooks?
– Pequeno.
– Belo acabamento em plástico duro que não parece baratinho.
– Velocidade decente para um processador Atom e 1GB de RAM.
– Silencioso.
– Boa touchpad para o tamanho.
– Carregador parece um carregador de celular.
– Modem 3G integrado (nas versões mais caras)
– Pequeno.
– Duração de bateria ok – cerca de 3 horas nos meus testes.
– Preço de entrada mais baixo que o normal – R$ 1.399. Mas ainda caro, dados os recursos.
– Pequeno.
– Teclado muito pequeno. Necessidade de teclas “brasileiras” fazem
coisas como ponto final e cedilha serem extremamente pequenas.
– Esquenta demais. E rápido, independentemente do que se está fazendo. Até a touchpad fica quente.
– Impossível ver coisas em flash mais elaboradas na internet. Vídeos em HD no Youtube rodam a meio frame por segundo.
– HD de 8 ou 16 GB SSD deixa o bicho mais silencioso, mas é pequeno comparado à concorrência.
– Tela muito reflexiva.
– Acabamento interno é meia-boca.
Especificações técnicas:
Processador Intel® Atom® N270 (1.60 GHz, 512 KB L2 Cache, 533 MHz FSB)
Windows® XP Home Edition Original SP3
1 GB de SDRAM DDR2 de 533 MHz.
Chipset Intel® 965PM/GM Express
Intel® Integrated Graphics Media Accelerator 950
Tela brilhante com LED de 8,9 polegadas (1024 X 600)
Um alto-falante externo
Disco: 8 ou 16 GB SSD
Bateria de íon-lítio de 4 células de 32 Wh
Webcam 1,3 MP integrada
Conectividade:
Wi-Fi 802.11g / Bluetooth
Modem 3G interno (opcional)
USB (3)
LAN integrada 10/100 (RJ45)
Conector de vídeo VGA
Tomadas de áudio (uma saída, uma entrada de microfone)
Leitor de cartão de mídia 3 em 1
Dimensões e peso:
Largura: 23,2 cm
Altura: 2,72 cm parte frontal/ 3,17 cm parte traseira
Profundidade: 17,2 mm
Peso: a partir de 1,035 kg2 (tela de 8,9 pol, bateria de 4 células).
Nota: Apesar de mexer um bocadinho antes em um Eee
PC e em um Acer Aspire One, essa é a primeira vez que passo tanto tempo
com um netbook. Então a minha relação afetiva algumas
das impressões não são novidade para donos dos mininotes. Mas fiquem
tranquilos, estamos no processo de comparar lado a lado todos eles
(exatamente agora digito isso de um LG x110, o próximo da lista)