Gadgets

5 jul, 2010

Motorola FlipOut, o Cubo com Android

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Depois de revelá-lo
ao mundo
, finalmente tivemos um tempo cara a cara com o
aguardado e quadrado Motorola FlipOut. Por um lado, ele é o smartphone
com Android com mais funcionalidades que já vimos,
com um belo verniz do novo (e agora útil) Motoblur por cima da versão
2.1 do sistema googliano. Por outro, ele tem tela pequena de resolução
ruim, câmera meia boca e – por isso mesmo – é relativamente mais barato
(não tanto quanto gostaríamos). O que ele quer ser? O seu primeiro
Android? Um smartphone para essa galera descolada Uhúú? Ou um celular
com cara de barato, mas caro? Veja se ele é para você.

O FlipOut é inacreditavelmente pequeno, relativamente barato
em relação a outros aparelhos com tantas funcionalidades, mas não tanto
quanto desejávamos: R$ 999, desbloqueado – provavelmente virá mais
barato mesmo no pré-pago nas operadoras. Não há exclusividade, e ele
deve começar a aparecer nas lojas em 10 dias e estará em todas as
operadoras até o fim de julho. Ele aparentemente será vendido como o
aparelho para pessoas “conectadas”: é todo ligado em redes sociais, com a
nova versão do Motoblur e algumas melhorias do Android 2.1, o mesmo do
Milestone, o aparelho top de linha da Motorola. 

E esse formato esquisitão vai vingar? Pelo que os executivos da marca falaram, ele aparentemente é ok para a maioria das pessoas, pelo sucesso do
MotoCubo e o gosto pelo touch. Essa é a primeira barreira a ser
vencida. Se o formato está ok e o preço (lembrando que será menor em
planos de operadoras) também, vamos ao FlipOut em si, nessas primeiras
duas horas que brincamos com ele.

Hardware

O FlipOut é pequeno. Muito pequeno, fechado, e menos gordo do que
imaginei. Frente a seus concorrentes diretos (o próprio Moto Quench e o X10
Mini
), ficamos assim:

A construção é razoavelmente sólida, com 3 opções de cores de capas:
laranja-hipster, vinho bubaloo e preto. O teclado físico é bem bom,
melhor para digitar que o do Milestone, até pela fileira adicional de
números (não é preciso nenhum malabarismo para isso). A tela tem uma
sensibilidade bem razoável, mas a definição realmente prejudica as
coisas. Pelo espaço e o excesso de informação, aliada a algum material
deficiente (LCD ruim, talvez?), é a pior tela em Android que vi, de
longe.

Em resumo: meus primeiros minutos com o FlipOut foram: wow! Como ele é
pequeno! Olha, o teclado é bom. (Abrindo um site) Meu Deus, que tela
horrível! 

Quando eu digo que a tela é horrível, eu quero dizer que as coisas
ficam pouco legíveis em vários sites, mesmo você dando um bocado de
zoom. Não falta só tamanho, falta DPI. Olha o Giz:

Ah, tem a câmera de 3.1 MP, quando todos os celulares melhorezinhos
vêm com uma de 5 MP. Noticiamos que a Kodak tinha alguma coisa a ver com
ela, mas na verdade é só um software que “conserta” a imagem,
basicamente colorindo mais as fotos ruins. Vai disso:

para isso:

Usando

Em termos de funcionalidades, é
definitivamente o melhor Android no mercado. Ele vem de fábrica com
algumas funções do Android 2.2, como “criar hotspot Wi-Fi” e um
sensacional controlador de gastos de dados. O processador de 600 Mhz
segura bem a onda, e cru como recebemos para testes, sem instalar nada, é
definitivamente mais rápido que o meu Milestone. 

O MotoBlur tem diversos widgets diferentes, de um post-it virtual a
um “o que está acontecendo” mais esperto, onde é possível filtrar o que
você quer ver de updates do Twitter, Facebook e Orkut. Outra coisa
legal: dá para redimensionar as janelinhas do widgets, algo fundamental
dado o tamanho diminuto da tela. Aliás, há 7 delas para você povoar de
ícones, contra 3 do Android 1.6. 

O Motoblur 1.5 tem um player de mídia bastante superior, assim como
uma integração de contatos perfeita: a agenda busca desde fotos no
Facebook até últimos tweets, e aniversário, vindo do Orkut. Basta
colocar as senhas das redes sociais e ele se organiza bem. Mais ou menos
como o Timescape da Sony Ericsson queria fazer, mas falha
miseravelmente.

Em resumo

A primeira impressão é que o FlipOut é o celular mais prático que já
vi, pelo tamanho e possibilidades do sistema operacional. Mas tem uma
tela horrorosa e uma câmera medíocre, o que afastaria os usuários mais
exigentes. É um belo upgrade de Stars, Cookies e Cubos, mas não dá para
cravar que ele é melhor do que, por exemplo, o Quench, que é mais
barato. O FlipOut deverá agradar aos mais jovens, os diretores da
Motorola falaram o tanto que a molecada fica encantada com o aparelho.
Se fosse um bocadinho mais barato, seria um sucesso estrondoso pra todo
mundo. Com a etiqueta que tem, não tenho como prever.

Ainda falaremos um bocado desse celular, mais detalhadamente,
enquanto o testamos. O FlipOut é o 6° Android da Motorola lançado no
Brasil e serão mais 6 até o fim do ano, de acordo com a empresa, um por mês,
todos feitos no Brasil. Alguém faz alguma aposta do próximo?