DevSecOps

24 set, 2010

Elicitação de requisitos e suas técnicas – Parte 02

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Fala, pessoal!

Continuando o artigo sobre
Elicitação de Requisitos e suas técnicas
, hoje vou detalhar um pouco
mais as outras técnicas utilizadas. É muito importante entender em
qual momento deve-se utilizar cada uma.

Questionários 

Utilizaremos os questionários quando usuários, stakeholders e outros
envolvidos não têm disponibilidade para a realização da entrevista.
Porém, os questionários jamais substituirão as entrevistas diretas.
Também utilizamos os questionários quando usuários estão distribuídos
geograficamente.

É importante que você trabalhe bem as perguntas
antes de enviá-las. Faça sempre perguntas cuja resposta possa ser
aberta e eficaz. Jamais faça perguntas que sejam respondidas simplesmente com “SIM” ou “NÃO”.

  • Um questionário bem feito
    deve ter suas questões claras e não ambíguas (como uma especificação);
  • Ter seu fluxo bem definido;
  • Novamente, cito trabalhar bem as perguntas a serem feitas e tentar
    detalha-las ao máximo.

Exemplo de uma pergunta aberta
para o gerente de uma locadora de veículos:

Durante o aluguel de um veículo,
ocorre um problema mecânico com o mesmo. O locatário aciona a RENTCARSUV.
Qual o procedimento completo que o atendente do chamado deverá registrar
no sistema?

A resposta para essa pergunta
será completa e com ela muitas outras dúvidas podem se esclarecidas
e novas podem surgir, lapidando melhor a necessidade do usuário. 

Observação “In Loco”

A observação in loco nada
mais é do que quando o analista responsável pela elicitação
é inserido no dia-a-dia da organização. Normalmente isso é feito
nos setores que utilizarão o serviço/produto. O analista deve compreender
e descrever as atividades que são realizadas. Essa técnica é excelente
para oferecermos mais valor do que o próprio cliente espera. Oferecer
algo que possa facilitar determinadas tarefas e reduzir custos envolvidos.

Já vi situações em
que o processo de atendimento da empresa foi mudado, pois os atendentes
realizavam o trabalho de maneira mais ágil, utilizando outros meios
permitidos no processo anterior, pulando determinada etapa, que foi
revisada e definida, já que sua utilização gerava apenas
mais tempo no atendimento aos clientes. A isso eu chamo de agregar
valor ao negócio.

Brainstorming

Brainstorming são as reuniões
na qual participam todos os envolvidos na idealização do produto,
como os analistas, clientes e usuários finais. O formato dessa reunião
é um pouco diferente das demais, pois todos os envolvidos devem expor
suas ideias e necessidades em relação ao produto/serviço, da maneira
que vier em sua cabeça, sem a necessidade de formar a ideia toda.

Após todos terem exposto suas ideias de maneira bagunçada, é hora de organizá-las
e verificar o que é realmente importante para o momento, ou o que ficará
para futuras reuniões. Há muitas situações em que muitas ideias
iguais são vistas de maneiras diferentes, fornecendo mais informações
para o analista e, consequentemente, oferecendo uma documentação mais
completa.

Já utilizei em duas oportunidades
o brainstorming como elicitação de requisitos. Foram experiências
que facilitaram demais o entendimento das necessidades dos envolvidos.
Outra coisa que ficou muito clara foi que ao reunir pessoas de diferentes
áreas, com perfis diferentes, suas necessidades também foram diferentes.
E houve uma situação na qual tivemos que envolver o comercial da empresa,
pois o tamanho imaginado inicialmente era muito menor do que o cliente
esperava receber. Seria feita toda uma campanha de marketing oferecendo
determinado produto, quando, na verdade, a empresa contratou apenas um
terço do que o esperado. Foi uma situação diferente, porém, detectada
no início, o que nos poupou muita dor de cabeça.

Lembre-se que essas técnicas
podem ser utilizadas isoladamente ou em conjunto, dependendo de sua necessidade.

Sinta-se a vontade para enviar
elogios, criticas e/ou sugestões por e-mail ou nos comentários.

Abraços.